terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sonhar é bom, mas a jornada pode ser ainda melhor!





Hoje gostaria de escrever sobre algo que tem me chamado a atenção. Não se trata de um conceito puramente espiritualista, mas de uma nova maneira para enxergarmos a vida.

Creio que todos ouvimos o tempo todo que devemos considerar um único tempo, o presente, o aqui e agora. Isso nos dá a sensação de presença e é o único momento que temos como, de fato, fazer algo. Aquilo que passou, já foi, já era e só nos serve como lembrança. O que está porvir é incerto e não temos como controlar, no entanto vivemos constantemente buscando explicações no passado para algo que vivemos no presente e esquecemos de mudar o presente porque pensamos em como será o nosso futuro, ou mais, o que gostariamos que acontecesse no futuro.

Bem, tudo isso faz parte da mente humana e talvez seja a maior causa das decepções que vivemos, sejam elas inerentes a algo que decorreu do passado ou de não alcançar as nossas expectativas no futuro, com isso a vida nos ensina que temos de lidar somente com aquilo que temos em mãos. Literalmente confiar e desapegar do que não temos controle.

Já dizia um ditado:  Para ter algo diferente no futuro não faça mais do mesmo!

Enfim, por outro lado, podemos viajar em nossas mentes e temos o poder de sonhar, nos colocarmos em contato com o que almejamos, experimentar as sensações de alcançar aquilo que buscamos, mesmo que no âmbito etéreo, mesmo que somente de olhos fechados. Pois bem, estes sonhos apenas nos servem como impulsos para agirmos frente ao que buscamos. São nossa motivação, podemos assim dizer.

Não quero entrar no mérito do que almejamos, isso é de cunho pessoal e é inerente aos objetivos de cada um, tampouco quero elencar desejos e vontades materiais ou espirituais, pois não é o objeto deste texto, e entendo que estas verdades são uma só,  mas sim trazer para reflexão o que temos sonhado e como perseguimos estes sonhos.

Querer algo para si é válido e extremamente saudável. Uma sabia frase diz: "Um homem morto é um homem sem sonho." 

O sonho é a força motriz da vida, nos deslocamos ou nos norteamos por ele. Seguimos em frente, enfrentamos tudo que acontece para alcança-lo. Caimos por um sonho, nos reerguemos por um sonho, mudamos a nós mesmos por aquele sonho, crescemos graças a estes sonhos, enfim, VIVEMOS por causa dos sonhos.

Também é válido dizer que não somos seres de um único sonho, pois a complexidade da vida nos remete a diversas experiências que nos fazem trafegar por diversos objetivos. Sim, sonhar nos dá um objetivo, mesmo que ele mude em determinado momento. O importante é ter um rumo.

Podemos dizer que o sonho é o Lugar que queremos chegar, já a vida é a Bussola que nos leva até lá. O sonho é o local de chegada e a vida o combustível para o alcançarmos. Precisamos dos sonhos para viver, mas eles não se bastam por si só, se faz necessário viver para alcança-los e viver é muito mais complexo e gratificante do que se pode imaginar.

O fato é que boa parte da vida se "gasta" vivendo e não sonhando, portanto podemos entender que a parte mais importante da vida não é o sonho, ou o local de chegada, mas sim a jornada que te levou até lá.

A jornada te ensina, te aprimora, te derruba, te levanta, te mostra opções e te dá toda a bagagem para alcançar seus sonhos, portanto ela deveria ser tão valorizada quanto o sonho. Somos impelidos a sonhar, mas acredito que este exercício é somente para nos mostrar que um dia podemos chegar lá, no entanto seria interessante darmos mais valor ao nosso caminhar.

Nunca deixe de sonhar, nem desista dos seus sonhos, caso a estrada pareça longa. Não se cobre mais do que pode realizar, pois se ainda não o alcançou é porque ainda está na estrada e isso faz parte do aprendizado. Melhor do que isso, cair faz parte da estrada, afinal ela tem buracos e desvios, mas podemos usar estes obstáculos e dificuldades como aprendizado e maturidade para agir na busca do que queremos. Por fim, mesmo que alguém tenha alcançado um sonho parecido com o seu não acredite que a estrada dele é a única para chegar lá, pois a jornada é individual, alguns pontos parecem ser comuns, mas a forma com que se dirige em direção ao sonho é diferente para cada pessoa.

Dê o mesmo valor à jornada do que deu ao seu sonho, viva intensamente cada pedaço deste caminho e permita-se errar, acertar ou mesmo mudar o seu sonho, se ele não te preencher mais, pois o legal do sonho é que ele é uma projeção da sua mente e como tal pode ser mudado ou substituido, mas o valor da jornada nunca será perdido.

A grande chave dessa história está em viver a jornada com a mesma intensidade que se vive o sonho, desta forma cada segundo será proveitoso e a sensação de preenchimento interior será sempre profundo.

Boa JORNADA e bons SONHOS!

Aloha!

Namastê!

Amém!

Saravá!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Politica e Espiritualidade




Politica e Espiritualidade

Muito se vê nas redes sociais e em conversas entre amigos e conhecidos o assunto política entrar em voga. Uns defendendo o que está sendo feito, outros contestando e criticando a forma que as coisas são conduzidas e assim por diante.

O intuito não é entrar em mérito técnico, portanto discutir política ou economia, partidos, governantes, medidas e atos que foram tomados pelos eleitos pelo povo, mas sim buscar uma interpretação espiritualista de tudo que se passa para refletirmos as mudanças que queremos a partir de nós mesmos.

Para isso acho importante levarmos em conta algumas Leis Universais que se aplicam no universo Espiritualista como um todo:

1-  Tudo é energia e tudo se une por ressonância, ou seja, semelhante atrai semelhante.
2-  Toda causa gera um efeito e todo efeito tem sua causa.
3-  Todos somos filhos de Deus.
4-  Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente.
5-  Não somos humanos, somos espíritos vivendo uma experiência humana.
6-  Tudo que passamos em nossas vidas é aprendizado.
7-  Nossa vida é parte de uma eterna caminhada evolutiva para nos aproximarmos de Deus.
8-  Nossa única missão é Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

Pois bem, isso nos leva a algumas reflexões. A primeira delas é pensarmos porque nascemos nesta família, nesta cidade e neste país? Esta não deveria ser uma dúvida para o espiritualista, pois na realidade entendemos que estamos exatamente aonde devemos estar e somos parte deste contexto, não tem como nos libertarmos disso, pois de certo modo ressoamos com isso.

A energia do Macrocosmo é igual a do Microcosmo, portanto a energia de um grupo reflete os pensamentos, emoções e sentimentos daquelas individualidades ali reunidas, deste modo tudo que precisamos para evoluir consciencialmente está a nossa disposição pela Lei dos Semelhantes e o que está sendo representado naquele grupo é reflexo direto de como a maioria vibra. Outro ponto muito importante é que usualmente criticamos no outro a fraqueza que temos dentro de nós mesmos, portanto quando apontamos o dedo para o corrupto perceba que temos a corrupção enaraizada dentro de nós mesmos e o fato de querermos ver o corrupto se dar mal está intimamente ligado com o fato de querermos matar o lado corrupto que temos dentro de nós.

Da mesma forma devemos entender que vivemos realidadades distintas, pois entendemos as verdades de acordo com os nossos conceitos e servimos a morais diferentes por muitas vezes, no entanto nenhum ser humano é mau o suficiente que não tenha nada de bondade da mesma forma que ninguém é tão bom que não tenha nada de mau dentro de si. Nosso Ego não permite que enxerguemos nossos defeitos, pois ele busca incessante o prazer e a afirmação, mas se o deixarmos de lado e passarmos a olhar as coisas sob uma ótica mais ampla percebemos que tudo não passa de provações e impulsos para a mudança de consciência, deste modo negarmos o nosso lado negativo não tem nada a ver com o fato de não o termos, apenas precisamos continuar trabalhando para melhora-los e fazer com que nossas qualidades contaminem outros que passem pelo nosso caminho.

A realidade terrena nos impõe situações de choque e de mudança, pois está o tempo todo nos mostrando que é importante mantermos todas as possibilidades de aprendizado abertas. A dificuldade faz parte da vida do ser humano, mas o sofrimento é opcional. Viver em função do sofrimento também é uma desculpa que nosso Ego utiliza para dar ao outro uma responsabilidade que na verdade é sua. Por outro lado, quando encontramos em nós mesmos os defeitos também fica fácil mudarmos, pois dependemos de nós mesmos.

Os embates ideológicos são muito importantes, mas mais importante do que eles é olharmos para nós mesmos como individuos e fazermos a nossa parte. Se o seu Governante é corrupto, sem escrupulos, egoista e desonesto, veja se você também não faz parte destas atitudes, pois lembre-se: ele é reflexo de uma energia grupal na qual você também está inserido. Deste modo seja a mudança que você exige daqueles que te governa, simples assim.

Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente, portanto não há nada fora do lugar no universo. Precisamos procurar olhar as coisas sob uma ótica mais abrangente e de cunho Espiritualista, pois se você se considera um adepto desta doutrina não há razões para contestar tudo que está ocorrendo e seu papel é, acima de tudo, instruir e melhorar através do exemplo, sem reclamar incessantemente pelo que está passando.

Não existe caminho fora do amor. Devemos abraçar a vida que temos com o melhor que podemos e trabalhar individualmente para mudarmos o coletivo. Quando esta vibração mudar, o país também vai junto, os governantes idem e o com o planeta não será diferente, mas veja que esta mudança passa por cada um primeiro e não de "cima" (governantes) para baixo.

Esta na hora de absorvermos as nossas responsabilidades como seres que buscam a Luz e trazer isso para a prática, sem julgamento, sem criticar para destruir, mas sim trazer à tona o melhor lado de cada um, pois independente de partido, de governante preferido ou de sistema de governo, o mais importante é estarmos conectados com o que temos de melhor e usarmos o outro como espelho quando o criticamos e o condenamos, pois uma parte de você está ali também.

Aloha!

Namastê!

Saravá!

Amém!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pensamentos, Emoções e Sentimentos - O que são?

 SOBRE PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E EMOÇÕES:





- Pensamentos:

Toda atividade lógica, cognitiva, racional, elaborativa e julgadora faz parte do universo dos pensamentos. Tudo aquilo que trazemos a nível mental e para o crivo da razão é parte do Pensamento.

De certo que nossos pensamentos guiam a nossa realidade, pois é através deles que interpretamos e escolhemos o que é certo ou errado, o bom ou o ruim, transformando nossa mente em uma grande ferramenta interpretativa que nos guia frente as experiências, criando e guiando nossos atos, e, por muitas vezes, limitando nossa visão de vida e restringindo nossa capacidade de vivenciar novas experiências por uma série de conceitos pré-concebidos e tomados como verdade.  Nossa mente trabalha sempre com a dualidade, pois nos faz crer em cada conceito, acolhendo aquilo como uma verdade e nos impedindo, muitas vezes, de vivenciar outras nuances do mesmo fato.
Para inúmeras linhas espiritualistas a mente é a fonte criadora da realidade ilusória (Maya), pois ela cria a forma como enxergamos o mundo a partir de um restrito conceito, por outro lado a mente é a ferramenta da Alma para manifestação e realização do espírito no âmbito material e embora ela seja vista como vilã da realidade espiritual, na verdade ela é uma ferramenta necessária e inerente a vida na Terra.

Não se pode brigar com a mente, mas sim fazer com que ela atue a favor da nossa Alma, pois o problema não está na mente, mas sim na forma que absorvemos os conceitos e realidades impostos por questões culturais, familiares e conceituais, ou seja, nosso sistema de crenças.
Quando se fala em aquietar a mente, na realidade é muito mais respeitar a alma do que fazer com que ela pare. Não é papel da mente parar de funcionar ou simplesmente apagar, ela age e impulsiona nossas ações baseadas nos conceitos pré formatados que ela absorveu durante determinada experiência. Podemos dizer que devemos acreditar em tudo, mas não nos apegar e criar conceitos com relação a nada.

- Emoções:

As emoções são todas as informações captadas através de experiências vividas e que disparam no organismo reações físicas como atividade glandular, movimentos físicos, tom de voz, cor de pele e assim por diante, independente de registros prévios. Temos emoções ligadas a funções instintivas, como mecanismos de sobrevivência e emoções mais elaboradas captadas nas relações e experiências vividas como amor, ódio, alegria e etc.

Uma vez experimentada a emoção e, dependendo da intensidade com que foi vivenciada, ela entra em registo mental com mais ou menos força, ganhando uma proporção de realidade ainda maior, pois o papel da mente é proteger o indivíduo daquilo que lhe faz mal, por exemplo: uma pessoa que viveu uma experiência ruim ao viajar de avião criou fobia de voar. Toda vez que esta pessoa se deparar com a possibilidade de voar um gatilho racional vai interpretar que voar é ruim, logo vivenciará a emoção de que voar não é legal e um medo foi criado a partir desta situação.

As emoções ainda fazem parte da característica humana/material e são experimentadas através dos sentidos, criando sensações que depois são analisadas pela mente, posto isso Pensamentos-Emoções ainda fazem parte de Maya, ou seja, da realidade ilusória da encarnação que se trata de uma vida de experiência e provação do Espírito na terra, sendo portanto transitória e que necessita da representação da mente para agir neste novo momento. Podemos dizer que só existem dois tipos de emoções captadas, as que são boas e as que são ruins, da mesma forma a mente interpreta aquilo que vivenciamos, sendo bom ou ruim. O dualismo está em tudo que se interpreta neste planeta e é fruto do conhecimento que adquirimos através das experiências emocionais e dos conceitos que são atribuídos pelo universo racional.

- Sentimentos, a morada do Espírito.

Existem inúmeros conceitos que misturam e se complementam quando falamos de Emoções e de Sentimentos. É muito fácil dissociar o que é Mente/Pensamento do que é Emoção ou Sentimento, já esclarecer a diferença entre o Sentimento e a Emoção é por vezes tarefa cruel, uma vez que o próprio vocabulário confunde um com o outro, muitas vezes experimentamos os sentimentos e as emoções e a descrevemos com o mesmo vocabulário.

Há correntes que afirmam que as emoções são experiências curtas e sensoriais que trazem para o corpo informações acerca do meio e dão respostas psicofísicas a tais condições, por outro lado os sentimentos surgem como resultado de experiências emocionais dando consciência anímica ao ser. Com outras palavras sentimentos seriam emoções conceitualizadas que determinam o estado afetivo do ser: se são positivas o ânimo é bom, se são negativas, o ânimo é ruim.

Para facilitar este estudo utilizaremos o conceito da Espiritologia que atribui o Sentimento ao que provém do Espírito enquanto vivencia. Para captarmos o que significa isso devemos entender que não existe vocabulário terreno para descrever o Espírito, portanto temos apenas uma breve idéia do que ele representa, mas como espiritualistas que somos entendemos que SOMOS o Espírito vivendo um período de transitoriedade na terra através das vicissitudes reencarnatórias, buscando a evolução consciencial.

Como a Mente é a ferramenta de comunicação e realização entre a realidade espiritual e a realidade material, podemos entender que o universo mental não é a realidade espiritual, portanto é apenas parte dele. A mente é dual, portanto age dentro do conceito de bom ou ruim, interpretados pela lógica e pelas emoções, conforme mencionamos acima.  Logo, para ser saudável é necessário que exista a doença, ou para ser feliz precisa existir a tristeza.

No âmbito espiritual não existe dualidade, não existe certo e errado, na realidade existe a compreensão de que a criação é perfeita e de que o Todo está em Tudo, não havendo conflitos de qualquer espécie, nem restrições de qualquer maneira. Não existe forma, nem corpo, a manifestação é a luz, logo tudo que o Espírito vivencia é SENTIDO, ou seja, o SENTIMENTO é a forma que o Espírito vivencia a realidade, sendo a sua base o Amor Incondicional.

O Amor é o sentimento que governa o universo é a expressão pura divina e por este motivo não gera dúvidas nem intercorrências, é um verbo intransitivo, se Ama e pronto, qualquer objeção, questionamento, condição imposta no amor não é divino e tampouco Espiritual, portanto não está sendo sentido, mas sim mentalizado, raciocinado, sendo projeto da mente, ou seja, da parte e não do Todo.

Por esta lógica todo sentimento que não causa conflito é Espiritual, portanto Amor, Alegria desinteressada, Bem Estar, Bem Aventurança e etc faz parte da vivência espiritual e está ressoando com a realidade Espiritual. Sendo assim os sentimentos, provenientes do Espírito, são imantados nos corpos que atuam no nível Angelical.


Do ponto de vista terapêutico não se tratam sentimentos, o que se trata é o pensamento-emoção, o sentimento é a cura para o não conflito que gera a doença, por este motivo os curadores, conforme dito acima, atuam na religação do indivíduo (EU) com seu Espírito (Eu Superior), pois ao entrar em contato com a realidade espiritual não há mais doença, pois não existe mais a dualidade.

Aloha!

Namastê!

Amém!

Saravá!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sistema Respiratório - Metafísica da Saúde

Segue a análise Metafísica que apresentei ontem no meu ultimo dia de Curso de Qualificação Metafísica que fiz com Valcapelli, um dos pais dessa "arte". Como eu disse a alguns amigos, sua vida nunca mais será a mesma depois de uma vivência como esta.





SISTEMA RESPIRATÓRIO

ANÁLISE DO POTENCIAL DESTE SISTEMA ATRAVÉS DA LEITURA 
METAFÍSICA


O Sistema Respiratório tem a função de absorver o O2 do meio e trazer para o corpo, devolvendo o CO2. O excesso de dióxido de carbono no sangue é tóxico, por este motivo ele precisa ser retirado de maneira rápida e eficiente. O responsável por este processo é este sistema.
Deste modo ele controla o PH do sangue, ou seja, sua acidez. É também responsável pelo olfato, por filtrar o ar que respiramos, por aquecer e umedecer o ar respirado, pela retirada de água e calor do organismo e pela produção dos sons.
O ato de respirar pode ser voluntário ou involuntário, pois temos a capacidade de ditar o ritmo respiratório e nota-se que tal ritmo demonstra nosso estado emocional. Uma respiração profunda e lenta denota a sensação de bem-estar e tranquilidade. Uma respiração curta e ofegante demonstra uma sensação de medo e atenção.
Do ponto de vista bioenergético a principal fonte de absorção de energia vital é o ar, ou seja, a respiração. Podemos ficar dias sem comer, beber e dormir, mas apenas minutos sem respirar. A absorção desta energia se dá através dos Chakras ou Centros de Força, e seu ritmo se dá através da inspiração (captação) e expiração (externalização). Deste modo captamos do meio o que precisamos, processamos internamente e vibramos de volta para o meio aquilo que internalizamos.
A respiração é o veículo de comunicação com o mundo interior e o exterior. Como seres humanos temos a tendência ao isolamento (Ego), mas através da respiração somos obrigados a interagir e assim nos integrarmos com tudo que nos cerca, portanto sozinho não evoluímos e nossa subsistência e nosso desenvolvimento se dá justamente através da interação entre os seres e o meio que habitam.
Se minha capacidade de interagir com o meio é equilibrada eu consigo lidar bem com os processos de dar e receber, então meu sistema respiratório é sadio. Não crio conflito com aquilo que se apresenta e ao mesmo tempo consigo me expor e me situar frente ao que ocorre, me integrando com tudo aquilo que me cerca e sabendo qual a minha parte dentro daquele contexto.
Este sistema tão importante e vital ao nosso corpo é constituído pelos seguintes órgãos:
- Nariz / Fossas Nasais (responsável por captar, filtrar e umedecer o ar inspirado): meu primeiro contato com o meio. Porta de entrada do externo com o interno. Está ligada a forma como eu processo o conteúdo que é expressado pelos outros e de que forma eu absorvo e interajo a partir disso.

- Laringe (retém as partículas de pó que passaram pela filtragem do nariz).  A Laringe seleciona o que é de fato proveitoso e o que não é para o processo respiratório. Seu potencial metafísico representa a nossa capacidade de absorver as idéias e os fatos que nos chegam, delimitando aquilo que será proveitoso e útil, além disso a Laringe também é considerado o órgão da voz, portanto seu bom funcionamento está ligada a maneira com que você se expressa na vida. A fala é a principal forma de nos posicionarmos e exprimirmos os nossos anseios.
- Brônquios são dois dutos curtos que entram nos pulmões e, dentro deles, dividem-se várias vezes até ficarem microscópicos, quando serão chamados de bronquíolos (semelhante a uma arvore), trazendo o ar que é captado e outros conteúdos vindos do organismo. No âmbito metafísico os Brônquios estão ligados a capacidade de relacionamento entre o interno e o externo, ou seja, avaliamos aquilo que vem de fora e juntamos com aquilo que temos dentro, e de que forma interagimos de maneira equilibrada e harmoniosa com o meio.
- Pulmões (onde ocorre a troca de gases).  É aqui aonde processamos a máxima de dar e receber. A capacidade de se doar pela vida e extrair dela tudo que ela tem de melhor está intimamente ligada a saúde dos Pulmões. Trazemos tudo que captamos no meio, processamos dentro de nós e retornamos de volta para o mundo de acordo com o que sentimos.  A motivação por dar e receber denota uma saúde constante dos Pulmões.

Uma pessoa com saúde respiratória interage sem criar conflito. Se coloca na posição dos outros em qualquer instância da vida, entende que pode exprimir a sua vontade, mas que nem o que vem de fora e nem o que sai de dentro da gente criam situações desgastantes e conflituosas, pois se capta a essência da situação e se age de forma justa e na medida para que todos tenham o direito de opinar e agir conforme as suas necessidades.  

domingo, 23 de agosto de 2015

Sentindo a Felicidade




Aqui está um dos grandes mistérios mais dificeis de definirmos. O que raios é a tal FELICIDADE? A buscamos o tempo inteiro, tentamos entende-la, alguns dizem que é impossível de alcançar, outros nem tanto. O fato é que não existe fórmula pra alcança-la e encontra-la, trata-se de um trabalho de busca íntima.

Para mim a Felicidade é um sentimento, mas a chave para direciona-la é a alegria, uma emoção.

A alegria podemos dizer que é o combustível da felicidade. Ela nos tira do estado inerte e nos impulsiona frente a algo que nos faz bem. Momentos alegres despertam uma sensação positiva. Nosso corpo muda, nossa vibração muda, a forma como percebemos as coisas muda e aquele momento é atemporal, parece infinito, nos preenche de tal modo que todos os valores positivos parecem transbordar dentro de nós. Simplesmente não temos "tempo" para fazer algo que nos faça mal.

Mas como disse, este momento é causado por uma emoção positiva e passageira, chamada Alegria, logo ao passarmos deste momento de impluso positivo podemos acessar outros que nos causem o oposto e isso nos mostra que também temos que saber lidar com outras situações, outros momentos, outras emoções.

Mas a Felicidade é além da alegria, equanto a segunda é passageira, embora cause despertamentos positivos, a primeira, por se tratar de um sentimento, é duradouro e perene, não sofre a suscetibilidade do tempo e de outras influências e ela vem do Espírito.

Podemos definir a Felicidade como aquele momento que nos sentimos tão bem que nunca queremos que ele acabe. É quando adentramos num campo em que nosso ser parece pleno, absolutamente inteiro, como se o ambiente e tudo que o comporta fosse parte de você. Corpo, Mente e Alma, todos unidos em um só instante e que você pensa: ISSO DAQUI È DO CARALHO (Desculpem o palavriado)!

Sim, ser FELIZ É DO CARALHO, mas não tem nada a ver com ter algo, com ir em algo, ou estar em algo, mas tem TUDO A VER com SENTIR ALGO. Simples assim!

A vida inteira vemos as coisas passarem na nossa frente, estudamos para passar de ano, trabalhamos para virar o mês e ter dinheiro, nos especialiazamos para ter um novo título e assim por diante e nossa vida vira uma eterna espera para conquistar algo que está fora, longe, num tempo que nem sabemos se vai chegar e enquanto isso engavetamos nossa alma, nossa essência, aquilo que nos faz SENTIR VIVOS.

Bem, se eu pudesse dar um conselho para o dia de hoje seria: qual é o lugar dentro de você que faz você se sentir DO CARALHO? O que você faz que te deixa assim??? Qual o motivo de você não mergulhar nisso de corpo e alma?

Aloha!

Namastê!

Saravá!

Amém!


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A doença e o doente.




Quando pensamos em doença automaticamente nos vem uma senação ruim, não importa qual doença for, das mais graves as mais simples, de uma gripe a um câncer, a referência nunca é positiva.

O que não pensamos é que a doença é um indicativo de que estamos cerceando algum potencial, ou estamos deixando de viver de uma forma positiva, bloqueando nossos anseios e sobrevivendo a uma existência procurando fora o que temos dentro.

A vida constantemente nos dá sinais de que estamos nos distanciando do nosso melhor. Somos criados para viver sob uma determinada conduta. Valorizamos algo externo como as relações, o sucesso financeiro, tudo que adquirimos, nossa forma física e assim por diante. Buscamos nos enquadrar em tudo e parece que a receita da felicidade está na capa de uma revista Caras, esta estampada no maior jornal de economia do mundo, ou ainda ser um dos figurões expostos na Forbes. O fato é que tudo isso joga pra o externo aquilo que deviamos fomentar internamente.

O que falamos fomentar internamente, na realidade nada mais é do que o nosso talento, nosso potencial, nossa Alma, aquilo que nos dá um sentimento pleno e que nos preenche, enchendo de vida a nossa existência e é exatamente isso que a doença nos mostra.

Para mim, a doença é só mais uma ferramenta da vida que serve de bussola para nos guiar, dizendo se estamos indo na direção correta. Quando estamos com saúde, estamos caminhando para o que nos preenche e respeitamos nossos potenciais, ao passo que se adoecemos não seguimos esta bussola e deixamos de sentir o que nossa alma pede.

Toda doença provém do universo Mental - Emocional, É através deste mecanismo que mergulhamos no mundo material e é a partir dele que interagimos e vivenciamos todas as nossas vicissitudes enquanto espíritos encarnados. 

Cada orgão do corpo representa um potencial e ele pode ser percebido através de sua função biologica. Do ponto de vista energético a doença vai se instalando através da falta de luz destes padrões de Pensamentos-Emoções até somatizar na dimensão física. Isso nos mostra que o conflito causado por não exercer o seu talento deixa de vibrar adequadamente, bem como passa a não nutrir os orgãos que dependem daquela área afetada, representando no físico a sua manifestação.

Quando chegam no físico é possível fazermos uma analogia entre a função daquele orgão para o corpo e o padrão Emocional-Racional que o levou a adoecer. Do estudo destes padrões nasceu a Metafísica da Saúde. 

O importante é perceber que nossos bloqueios causam tais condições, mas estes bloqueios passam necessariamente pelos conflitos causados pela Mente-Emoção. Eles agem em uma realidade dualística, ou seja, Bonito ou Feio, Certo ou Errado, Bom ou Ruim, tornando experiências únicas em receitas pré estabelecidas, trazendo o absoluto para algo que é relativo, já que a vivência de cada um é que torna aquilo verdade para cada individuo.

O primeiro passo é desapegar destas receitas, ou seja, não se deixar influenciar diretamente por tudo aquilo que é externo e procura cercear os nossos potenciais. Veja que não é a aparência de capa de revista que lhe traz felicidade, bem como não é a montanha de dinheiro ou o cargo do emprego que vai lhe prover tal condição, pois tudo isso pode ser tirado de você a qualquer instante e se assim for o tombo será grande e o chão perdido. Por outro lado, se fortalecermos nossas virtudes e atuarmos sempre em consonância com nossos anseios espirituais, fugimos da zona de conflito e plantamos nossos alicerces dentro de nós mesmos.

A alma/espírito não adoece, ela é a luz e também não entra no dualismo. Se somos todos espiritos e o mesmo é sempre saudável então podemos dizer que a doença é transitória, portanto não somos doentes, apenas nos encontramos doentes naquele instante.

Tal doença pode ser curada e trabalhada através do desenvolvimento de seus potencias, buscando intermante os anseios de uma alma que foi apagada pelo dualismo mental e pelo egocentrismo. Uma coisa é viver momentos de felicidades que oscilam entre o extase e a depressão (externo), outra é SER FELIZ e não transitar mais nas linhas desequilibradas de nossas mentes (interno).

Quando nossos amigos espirituais dizem para trabalharmos mais os nossos corações, eles querem dizer para sentirmos mais as coisas antes de fazê-las, ou mais ainda, vamos escutar a nossa alma e o que sensação ela nos traz, assim respeitamos o que temos de melhor e de luz dentro de nós.  

É isso ai pessoal, que tal buscarmos exercitar um pouco mais o sentir nas ações de nossas vidas e vivermos um pouco mais a realidade do espírito, que transcende e permanece depois da realidade transitória que é nossa vida na Terra.

Aloha!

Namastê!

Axé!

Amém!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Mensagem para o Curso Autodefesa Energética - Pai Benedito de Aruanda

Na ultima sexta feira dei minha primeira palestra no Instituto Arca de Mediunidade e Espiritualidade (www.institutoarca.org.br) que faço parte como trabalhador com uma turma de amigos muito legal.

Quando estava revendo os slides para esta palestra recebi a mensagem do querido Pai Benedito, que me acompanha (ou eu o acompanho...rs).

Segue abaixo a mensagem.



MENSAGEM FINAL - AUTODEFESA ENERGÉTICA
Zifios tudo na vida são ecolhas. Onde ocês estão agora é uma escolha, o que ecês vão fazer depois daqui são escolhas, que caminho ocês vão percorrer pra chegar nas suas casa são escolhas e essa é a formosura da vida.

Cada um de ocês é diferente, cada um de ocês tem um caminho pra chegar nos propósitos traçados pelo espirito, não tem certo e errado, só tem caminhar, Graças a Deus.

Se um fio fica feliz com o caminho escolhido tá ótimo, se ele fica triste ta ótimo também, pois tudo são provas que ocês precisam passar e vão enriquecer sua vivência e levar para o mesmo fim que é o Amor de Deus.
Hoje ocês tão aprendendo sobre como não pegar as energias ruins e essa é mais uma escolha que ocês fizeram, assim como a escolha de usar ou não essas ferramentas que ocês tem nas mãos a partir de agora, afinal o conhecimento que ocês tem é só pra isso: Ferramenta de evolução, nem que seja pra usar agora e depois mudar, pois a cabeça de ocês vai mudando com o tempo.

Ora meus fio, continuem seguindo os caminhos de ocês, mas não se esqueçam que as energias que ocês entram em contato são ocês mesmos que procuram, não existe outra regra, senão Nosso Senhor seria injusto, não é mesmo?

Deus é justiça e Amor puro e da a cada um aquilo que ele precisa experimentar, portanto entendam que ocês estão exatamente no lugar que deviam estar, e isso não é bão nem ruim, é só parte da evolução e confiar em nosso Pai Maior de coração é o que fará ocês se aproximarem Dele mais rápido ainda.
Se ocês recebem uma energia arrogante, trabalhem a humildade dentro de ocês. Se perceberem uma energia de raiva, trabalhem o amor dentro de ocês. Se uma energia de medo chegar, trabalhe a coragem. Se uma energia de egoísmo for sentida, trabalhe o desprendimento. Se a tristeza tomar conta, trabalhem a alegria. E louvado seja Deus Nosso Senhor que nos permite aprender em todos os momentos de nossa existência.

É isso mesmo meus fios, a maior defesa de ocês é ser o melhor que podem ser e quando isso não parecer suficiente simplesmente se espelhem no amor dos Grandes Mestres, nas palavras dos Guias amigos e no Amor Incondicional com o qual ocês são banhados todos os dias de suas vidas, pois essa é a fonte de tudo que ocês precisam se banhar para chegar a tão esperada felicidade.

Sejam felizes, meus fios! Que o amor de Nossa Mãe Maria banhe ocês tudo e que a luz do Cristo cubra cada um de ocês para sentirem o Amor Maior.

Pai Benedito de Aruanda - 31 /07 / 2015


OBS: Quando estavamos passando a mensagem para o pessoal que compareceu  pude sentir a presença de Pai Benedito e de outro amigos Espirituais. Me enchi de gratidão e de lágrimas, pois neste momento ficou muito claro que o que estava sendo dito e feito ali tinha, em grande parte, a influência deles. Não sei se mais alguém pode percebe-los na sala, mas eu só tenho a agradecer a cada um deles por toda a força e acompanhamento que me dão na vida. Espero que essas palavras toquem seus corações o mesmo tanto que tocou o meu, pois não tem outro objetivo senão este!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Os dois lados do trabalhador Espiritual





Resolvi escrever um pouco sobre a postura das pessoas que trabalham em alguma casa/templo espiritual. Por coincidência tenho falado com alguns conhecidos e eles me relatam seguidos problemas de seus grupos de trabalho e fico me questionando como podemos melhorar esta situação.

Devemos lembrar, em primeiro lugar, que uma casa espiritual é formada por pessoas, e por si só isso já é complexo, uma vez que dificilmente se agrada a todos que ali estão. Essas diferenças aliadas a falta de compaixão e ao egoismo, em 100% das vezes, é o que leva o trabalho a se desarmonizar, levando alguns grupos até mesmo a se extinguir.

Para muitos, trabalho espirtual é sinal de trabalho angelical, ou seja, as pessoas se portam como  Anjos e Guias Ascesncionados, ao passo que na realidade é só mais um ser humano falível e que busca seu melhoramento pessoal. E está tudo certo com isso, somos assim, pelo menos eu sou!

Se você trabalha em algum grupo espiritual seja você mesmo, sem mais nem menos, não se coloque como algo que não é e nem tem obrigação de ser, pois aquele que está ao seu lado é tão, ou até mais, necessitado do que você em diversos aspectos da vida. 

A hipocrisia é, muitas vezes, um atributo de boa parte das pessoas nessa seara. Pregar o belo discurso dos Livros Sagrados, do Mestre, do Guia Espiritual é lindo, mas viver sob tais ensinamentos é que é dificil, mudar é dificil, aceitar é dificil, ver sua própria sombra é dificil, se colocar no mundo do outro é duro, ser pleno e grato de verdade é dificil, mas vomitar palavras bonitas e mansas para fora é extremamente fácil e vejo grupos e pessoas repletos de discursos edificantes e mediuns e trabalhadores podres que adoram uma fofoca, um sarcasmo, que tiram sarro do drama alheio, que apontam defeitos e não olham para os próprios umbigos e que ao ajudar uma pessoa, sim pois é possível ajudar mesmo assim, se enchem de orgulho e se colocam em um pedestal triste que um dia vai desmoronar.

Aliás, caros amigos, ninguém cura ninguém! Quem se cura é a própria pessoa através do mérito próprio, no máximo o trabalhador serve de meio para despertar aquela consciência necessitada de um estalo de lucidez, portanto se tem algo a ser enaltecido é a própria pessoa que buscou o seu caminho e encontrou conforto naquilo que ela tem de melhor guardado dentro da sua alma, o seu recinto de luz.

Não importa se você é Pastor, Padre, Pai de Santo, Mãe de Santo, Orientador, Doutrinador, Mestre, Dirigente, seja lá o titulo que tiver, você também está no mesmo barco e também é ser humano, caso contrário não encarnaria nessa Terra, apenas com o agravante de ser um exemplo para o grupo que dirige, e não tem como este grupo não se espelhar em você.

Um trabalho espiritual exige compaixão, alegria, comrpometimento, disciplina, mas acima de tudo prática, não só a prática do dia do trabalho, mas sim a prática de aplicar aquilo que se ouve e aprende no dia a dia, de forma autêntica e não sob um discurso vomitado de belas palavras, mas sem amor algum, achando que aquele que sentou na sua frente é o ruim e você é o bom por estar como Assistente e não como Assistido.

O trabalho espiritual é importante, é lindo, é feito mesmo com tudo isso, mas acho que é de suma importância as pessoas se darem conta o quanto antes de sua condição e simplesmente buscar o seu melhor para dar o seu melhor, o que vejo pouquissimas pessoas fazendo.

Fui duro no discurso, mas acredito que um pouco de auto critica para os grupos e pessoas são muito importantes neste momento. É muito fácil quebrar uma corrente desunida, e sem corrente as interferências negativas são muito maiores.

Aloha!

Namastê!

Amém!

Saravá!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Uma visão Espiritualista da brincadeira do "Charlie Charlie".

Parece que de tempos em tempos temos uma nova "brincadeira" de invocação (chamar) de um espírito pra responder a perguntas ou desvendar "mistérios" trazidos pela curiosidade humana sobre o "desconhecido" ou invisível.

Me lembro que quando era criança a brincadeira do momento era a do Copo, mais tarde do Tabuleiro (existiam alguns até vendidos para este fim) e hoje a moda é chamar o "Charlie" para responder as suas perguntas.

A princípio se trata de uma brincadeira despretensiosa e absolutamente inocente, e assim o é em sua maioria, porém existem alguns aspectos a serem levados em conta e pessoas que buscam o entendimento espiritual e procuram conhecer um pouco mais sobre o mundo invisível podem esclarecer um pouco mais sobre o fenômeno e aconselhar que não se faça tal ritual, uma vez que se mexe com algo que se desconhece e isso pode, no mínimo, dar um belo de um susto.

ADENDO: Dias após eu escrever sobre o tema veio a público que a brincadeira do Charlie é um vídeo Viral para promover o filme "A Forca" e foi criada no intuito de divulgar o longa metragem. Isso não invalida o meu ponto de vista aqui descrito.

A "brincadeira" consiste no seguinte: Se chama pelo Charlie e depois pergunte se ele pode brincar:

- Charlie, Charlie, are you here? (Charlie, Charlie, você está aqui?)
- Charlie, Charlie, can you play? (Charlei, Charlie, pode brincar?)

Depois disso as canetas em forma de cruz devem se mexer em direção ao Não ou Sim (Yes ou No).

Se a pessoa não se assustar, e caso dê certo, ela pode manter uma conversa com códigos binários (Sim ou Não) enquanto a conexão mediúnica durar. Abaixo um exemplo.


Agora vamos aos bastidores de tudo isso sob uma ótica espiritualista. Sabemos que o Plano Físico é apenas um  dos planos de manifestação do espírito e que além dele temos outros planos espirituais  que coexistem e interagem com este plano, portanto poderíamos dizer que a morte nada mais é do que a passagem deste plano para outro, mas nossa capacidade física só nos permite ver o plano em que habitamos no momento (pelo menos para a maioria da humanidade).

Se assim o é estamos em constante interação entre Plano Físico e Plano Espiritual e a comunicação ou interferência do segundo para o primeiro se dá através de uma faculdade parapsíquica conhecida como MEDIUNIDADE, ou seja, a capacidade de servir de meio ou veículo para manifestar o que está no Plano Espiritual e trazer para o Físico. Esta capacidade é tão antiga quanto a humanidade e é muito estudada e difundida principalmente no Espiritismo.

O primeiro estudioso profundo acerca deste fenômeno foi Alan Kardec, e em uma de suas perguntas no Livro dos Espíritos traz o seguinte:

Pergunta 459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?
      — Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque  muito freqüentemente são eles que vos dirigem.
Pois bem, percebemos que tal influência ocorre a todo instante e que não é possível se dissociar o mundo dos Espíritos do Mundo Físico, até porque o que difere um do outro é que o primeiro está desencarnado, ao passo que o segundo está encarnado e vivenciando esta realidade.

Este intercâmbio é muito comum e apenas uma pequena parte da população acredita e entende a Mediunidade, da mesma forma que pouquíssimos possuem qualquer informação acerca da realidade espiritual, o que causa medo e curiosidade e o tal "Charlie" traz essa interação de forma muito simples.

O fato é que se uma das pessoas que estiverem realizando o ritual possuir Mediunidade de forma mais ostensiva é muito provável que se estabeleça tal conexão, já que mentalmente ela está chamando por um espírito, ou seja, ela está iniciando um contato mediúnico com algo absolutamente desconhecido e sem qualquer preparo para lidar com aquilo apenas para satisfazer sua curiosidade e mostrar que a tal brincadeira funciona. Além disso a própria pessoa pode mover o objeto através da Telecinesia, que nada mais é do que a capacidade da pessoa mover objetos com a mente sem toca-los, amplamente estudado pela parapsicologia. Para este texto vamos nos ater ao lado espiritual da coisa.

Alguns riscos podem surgir a partir desta situação e vale ser extremista neste sentido. A invocação de um espirito o aproxima do Médium que o chamou. Se através deste Médium ele achar ressonância (semelhança) para haver a troca energética que ele busca o mesmo pode o acompanhar e começar um caso obsessivo (assédio espiritual). Muitas vezes um espírito que encontra essa brecha ao perceber que pode agir através do Médium sem que ele tenha consciência encontra terreno favorável para atuar novamente no mundo físico e tal situação pode criar uma dependência dele com o Médium o levando a se alimentar dos prazeres e necessidades que ele tinha enquanto encarnado e que não encontra mais em seu estado atual. Isso é muito mais comum do que se imagina e as reuniões de trabalho espiritual que participo cortam a torto e a direito laços energéticos que foram construídos a partir da relação de encarnados e desencarnados que reconhecem no outro as suas necessidades e vícios comuns.

Vou relatar uma história que vivi quando ainda tinha 15 para 16 anos de idade. Uma irmã de um amigo, na época com 11 anos mais ou menos, começou a conversar comigo e com meu amigo sobre assuntos "do outro mundo". Na época eu era Espirita e tinha muito contato com a literatura desta religião, embora ainda não exercesse o trabalho mediúnico como faço hoje. Coincidentemente eu havia acabado de ler um livro Espírita sobre a Brincadeira do Copo. Acabamos entrando no assunto e a menina me disse que tinha um tabuleiro com quem ela conversava praticamente TODOS os dias, perguntando sobre suas dúvidas, incertezas, destinos e etc, da forma mais inocente possível. Naquele momento eu narrei algumas histórias que estavam no livro e intuitivamente acabei trazendo a tona algumas questões que ela colocava para o tal "tabuleiro", até que uma delas havia me intrigado: Ela havia perguntado se deveria largar os estudos para ser modelo e o tabuleiro havia respondido que SIM.

Conversei com ela quase que por uma noite toda esclarecendo, a meu jeito, tudo o que sabia sobre a parte espiritual. Duas semanas depois a encontrei e ela havia me dito que tinha jogado fora o Tabuleiro, pois ela percebeu que ele só respondia aquilo que a satisfazia e que ela havia se dado mal mais de uma vez por seguir o que "ele" havia dito.

Acho que cabe o exemplo do porque não é saudável praticar tal tipo de ritual, uma vez que muitos dos que vejo por aí são jovens e sem maturidade alguma para lidar com tais questões, caso elas deem errado. Além disso, um trabalhador de luz e um Mentor ou Amparador Espiritual não se dará o trabalho de utilizar da energia gasta para este tipo de evento pra apenas mover uma caneta ou responder SIM e NÃO ao bel prazer de quem participa da brincadeira, na realidade nenhum amigo espiritual vai te dizer o que fazer, pois ele sabe que suas conquistas devem ser realizadas por mérito próprio e que a passagem na Terra é somente mais uma oportunidade de vivenciar e aprender com as experiências que passamos.

Espero que este texto ajude a esclarece alguns aspectos. Não fiz questão de entrar em termos técnicos e bastidores de todas as situações, pois o intuito e que seja repassado para as pessoas e que as mesmas se informem a respeito.

Amém!

Saravá!

Namastê!

Aloha!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Umbanda para Todos

Durante muito tempo ouvi falar de linhas de Umbanda. Cada pessoa da à Umbanda um nome, um corpo e a entende a sua forma. A Umbanda é uma grande mistura, abarca a tudo e a todos, não possui um Líder espiritual e suas manifestações precedem a sua fundação formal.

Ela foi criada por Zélio de Moraes e o Caboclo das 7 Encruzilhadas? Eu diria: também! O fato é que Pretos Velhos, Caboclos e etc já se manifestavam em outros agrupamentos mediúnicos, independente do nome que era dado este culto, mas para mim, do ponto de vista formal ela foi criada em 15 de novembro de 1908.

A Umbanda é uma religião de base mediúnica, desta maneira seus trabalhadores sempre se fizeram presentes nas religiões e agrupamentos que continham esta práticas e isto precede a sua criação formal.

Essas eram as ferramentas disponíveis pela espiritualidade para nos apresentar esta nova religião. Pode se negar o nome dado a esta ou aquela religião, mas fica impossível negar a presença de um Preto Velho, de um Caboclo ou de uma Criança nos trabalhos.

É inegável o preconceito que existia (e ainda existe) na época aos cultos africanos, tornando-os à margem da sociedade. Do outro lado, temos um Espiritismo elitista e catedrático, limitando o acesso ao pobre de se consultar em seus Centros.  Com isso tudo temos o advento da Umbanda, uma religião sem líder espiritual, com sua estrutura calcada no intercambio mediúnico e suas tradições sendo repassadas de forma oral e adaptáveis aos cultos em que cada linha se manifestava.

Se existe uma religião realmente Universalista, podemos dizer que é a Umbanda. Ela abarca o Preto, o Branco, o Amarelo, o Pele Vermelha, o Desquitado, a Criança, o "Pecador", o Homossexual, o Mulherengo, o Malandro e assim por diante. Ela é absolutamente desnutrida de preconceitos em sua essência.

É com esta essência que entendemos que não só TODOS podem participar desta religião, mas ela também se instaura em complemento a outras linhas de trabalho, ou seja, é possível ter influência da Umbanda em outras religiões ou mesmo ter pontos de outras religiões dentro da Umbanda, e isso é o que a torna aberta e Universalista.

O que não entendo é o preconceito gerado entre as linhas de Umbanda, pois a essência desta religião é o Amor, Caridade e Fraternidade. Na prática não existe o que é certo ou errado para a Umbanda, mas existe o que é funcional se for feito dentro deste pilar descrito acima.

A dedicação que cada um dá a ela, o amor ao trabalho, a disciplina, e a prática é que demonstram a funcionalidade do trabalho na Umbanda e, por ser uma bebê entre as religiões, é natural que muitas coisas novas surjam ao longo do tempo, uma vez que tudo é dinâmico.

Aos Umbandistas resta abrir os corações, e deixar de discutir qual vertente é a mais correta, mas entendo que esta é uma característica inerente ao ser humano, que ocorre não só dentro da Umbanda, mas fora dela também. Deste modo, não ajam como um religioso fanático que só prega a salvação dentro da sua religião, esquecendo os ensinamentos morais do grande mestre que ele segue, mas seja verdadeiro de corpo e alma, incorporando não só os espíritos de Pretos Velhos, Caboclos, Exus, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Orientais e etc, mas principalmente incorporando os ensinamentos da UMBANDA: Amor, Caridade e Fraternidade.

Com base nisso que transcrevo um estudo feito por um blog muito bom sobre o assunto e que vale se pensar a respeito:

https://registrosdeumbanda.wordpress.com/as-umbandas-dentro-da-umbanda/




As Umbandas dentro da Umbanda

Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa religião cresceu e se diversificou, dando origem a diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação dos espíritos para a caridade.
O surgimento dessas diferentes vertentes é conseqüência do grau com que as características de outras práticas religiosas e/ou místicas foram absorvidas pela Umbanda em sua expansão pelo Brasil, reforçando o sincretismo que a originou e que ainda hoje é sua principal marca.
Embora essa classificação tenha sido elaborada por mim (ela não é fruto de um consenso entre os umbandistas e nem é adotada por outros estudiosos da religião), a mesma revela-se uma forma útil de condensar as diferentes práticas existentes, possibilitando um melhor estudo das mesmas.

Umbanda Branca e Demanda

Outros nomes: É também conhecida como: Alabanda; Linha Branca de Umbanda e Demanda; Umbanda Tradicional; Umbanda de Mesa Branca; Umbanda de Cáritas; e Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Malê, através do seu médium, Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Foco de divulgação: O principal foco de divulgação dessa vertente é a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Orixás: Considera que orixá é um título aplicado a espíritos que alcançaram um elevado patamar na hierarquia espiritual, os quais representam, em missões especiais, de prazo variável, o alto chefe de sua linha. É pelos seus encargos comparável a um general: ora incumbido da inspeção das falanges, ora encarregado de auxiliar a atividade de centros necessitados de amparo, e, nesta hipótese fica subordinado ao guia geral do agrupamento a que pertencem tais centros. Acredita que existam 126 orixás, distribuídos em 06 linhas espirituais de trabalho. Os altos chefes de cada uma dessas seis linhas recebem o nome de um orixá nagô, embora não sejam entendidos como nas tradições africanas, existindo uma forte vinculação deles aos santos católicos.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui os espíritos que se apresentam como Crianças), de Iemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados, os exus batizados e as entidades auxiliares).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e Crianças e não há giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras.
Ritualística: A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”.

Umbanda Kardecista

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda de Mesa Branca; Umbanda Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a vertente com forte influência do Espiritismo, geralmente praticada em centros espíritas que passaram a desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais. É uma das mais antigas vertentes, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos Orixás nem aos santos católicos.
Linhas de trabalho: Nesta vertente não é utilizada essa forma de agrupar as entidades.
Entidades: Os trabalhos de Umbanda são realizados apenas por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e, mais raramente, Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e não são encontrados o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; “O céu e o inferno”; e “A gênese”.

Umbanda Mirim

Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandã; Escola da Vida; Umbanda Branca; Umbanda de Mesa Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo Mirim através do seu médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 – 03/12/1986), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 13/03/1924, com a fundação da Tenda Espírita Mirim.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: a Tenda Espírita Mirim (matriz e filiais); e o Primado de Umbanda, fundado em 1952.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e de Yofá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há giras para Exus e Pombagiras, uma vez que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca com pontos riscados bordados é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de fumo, defumadores e a imagem de Jesus Cristo nos trabalhos, porém as guias, velas, bebidas, atabaques e demais imagens não são usados nas cerimônias, havendo o uso de termos de origem tupi para designar o grau dos médiuns nelas.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Okê, Caboclo”; “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; e “O evangelho segundo o Espiritismo”.

Umbanda Popular

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Cruzada; e Umbanda Mística.
Origem: É uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior. Entretanto, é a vertente mais difundida em todo o país.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos santos católicos com os Orixás, associados a um conjunto de práticas místicas e religiosas de diversas origens adotadas pela população em geral, tais como: rezas, benzimentos, simpatias, uso de cristais, incensos, patuás e ervas para o preparo de banhos de purificação e chás medicinais. Considera a existência de dez Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns lugares também são cultuados mais dois Orixás: Ossaim e Oxumaré.
Linhas de trabalho: Existem três versões para as linhas de trabalho nesta vertente:
  • Na mais antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
  • Na intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
  • Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos(as), etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

Umbanda Omolocô

Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Omolocô, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Começou a ser fundamentada pelo médium Tancredo da Silva Pinto (10/08/1904 – 01/09/1979) em 1950, no Rio de Janeiro, RJ.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Tancredo da Silva Pinto; as tendas criadas por seus iniciados; e o livro “Umbanda Omolocô”, escrito por Caio de Omulu.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Omolocô. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Omolocô, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A origem de Umbanda”; “As mirongas da Umbanda”; “Cabala Umbandista”; “Camba de Umbanda”; “Doutrina e ritual de Umbanda”; “Fundamentos da Umbanda”; “Impressionantes cerimônias da Umbanda”; “Tecnologia ocultista de Umbanda no Brasil”; e “Umbanda: guia e ritual para organização de terreiros”.

Umbanda Almas e Angola

Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Almas e Angola, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Almas e Angola. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, do Povo d’Água (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã e Iansã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, das Beijadas (onde agrupa as Crianças) e das Almas (onde inclui Obaluaiê e agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Exus e Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Almas e Angola, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

Umbandomblé

Outros nomes: É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas de Candomblé, notadamente as de Candomblé de Caboclo, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Em alguns casos, o mesmo pai-de-santo (ou mãe-de-santo) celebra tanto as giras de Umbanda quanto o culto do Candomblé, porém em sessões diferenciadas por dias e horários.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente existe um culto mínimo aos santos católicos e os Orixás são fortemente vinculados às tradições africanas, principalmente as da nação Ketu, podendo inclusive ocorrer a presença de outras entidades no panteão que não são encontrados nas demais vertentes da Umbanda (Oxalufã, Oxaguiã, Ossain, Obá, Ewá, Logun-Edé, Oxumaré).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens dos Orixás na representação africana, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas nos Candomblés, incluindo o sacrifício de animais, podendo ser encontrado, também, curimbas cantadas em línguas africanas (banto ou iorubá).
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

Umbanda Eclética Maior

Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Oceano de Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais conhecido como mestre Yokaanam, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 27/03/1946, com a fundação da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são a sede da fraternidade e suas regionais.
Orixás: Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de pelo menos nove Orixás: Oxalá, Ogum, Ogum de Lei, Oxóssi, Xangô, Xangô-Kaô, Yemanjá, Ibejês e Yanci, sendo que um deles não existe nas tradições africanas (Yanci) e alguns deles seriam considerados manifestações de um Orixá em outras vertentes (Ogum de Lei/Ogum e Xangô-Kaô/Xangô).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, fortemente associadas a santos católicos: de São Jorge (Ogum), de São Sebastião (Oxóssi), de São jerônimo (Xangô), de São João Batista (Xangô-Kaô), de São Custódio (Ibejês), de Santa Catarina de Alexandria (Yanci) e São Lázaro (Ogum de Lei).
Entidades: Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), e Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de uma cruz, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, velas, porém os atabaques, as guias, as bebidas e fumo não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Evangelho de Umbanda”; “Manual do instrutor eclético universal”; “Yokaanam fala à posteridade”; e “Princípios fundamentais da doutrina eclética”.

Aumbhandã

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Esotérica; Aumbhandan; Conjunto de Leis Divinas; Senhora da Luz Velada; e Umbanda de Pai Guiné.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Guiné de Angola através do seu médium Woodrow Wilson da Matta e Silva, também conhecido com mestre Yapacani (28/06/1917 – 17/04/1988), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1956, com a publicação do livro “Umbanda de todos nós”. Sua doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia, pela Astrologia, pela Cabala e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada no instrumento esotérico conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves D’Alveydre e com o qual se acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta universal que relaciona os símbolos astrológicos, as combinações numerológicas, as relações da cabala e o uso das cores.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Matta e Silva; e as tendas e ordens criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de sete Orixás: Orixalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Yori, Yorimá, sendo que dois deles não existem nas tradições africanas (Yori e Yorimá).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias feitas de elementos naturais, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto riscado nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Doutrina secreta da Umbanda”; “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho”; “Mistérios e práticas da lei de Umbanda”; “Segredos da magia de Umbanda e Quimbanda”; “Umbanda de todos nós”; “Umbanda do Brasil”; “Umbanda: sua eterna doutrina”; “Umbanda e o poder da mediunidade”; e “Macumbas e Candomblés na Umbanda”.

Umbanda Guaracyana

Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo Guaracy através do seu médium Sebastião Gomes de Souza (1950 – ), mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo, SP, em 02/08/1973, com a fundação da Templo Guaracy do Brasil.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são os Templos Guaracys do Brasil e do Exterior.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições africanas, havendo, entretanto, uma ligação dos mesmos com elas. Considera a existência de dezesseis Orixás, divididos em quatro grupos, relacionados aos quatro elementos e aos quatro pontos cardeais: Fogo/Sul (Elegbara, Ogum, Oxumarê, Xangô), Terra/Oeste (Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe, Obá), Norte/Água (Nanã, Oxum, Iemanjá, Ewá) e Leste/Ar (Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Exus e Pombagiras.
Ritualística: Roupas coloridas (na cor do Orixá) são a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas e atabaques nos trabalhos, porém não são utilizadas imagens e bebidas nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

Umbanda dos Sete Raios

Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Ney Nery do Reis (Itabuna, (26/09/1929 – ), mais conhecido como Omolubá, e por Israel Cysneiros, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em novembro de 1978, com a publicação do livro “Fundamentos de Umbanda – Revelação Religiosa”
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são as obras escritas por Omolubá e as tendas criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições africanas. Considera a existência de doze Orixás, divididos em sete raios: 1º raio, Iemanjá e Nanã; 2º raio, Oxalá; 3º raio, Omulu; 4º raio, Oxóssi e Ossãe; 5º raio, Xangô e Iansã; 6º raio, Oxum e Oxumaré; e 7º raio, Ogum e Ibejs.
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Orientais, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Pilintras, Exus e Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens de entidades, fumo, defumadores, velas, bebidas, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente possui os seguintes livros e periódicos como fonte doutrinária: “ABC da Umbanda: única religião nascida no Brasil”; “Almas e Orixás na Umbanda”; “Cadernos de Umbanda”; “Fundamentos de Umbanda: revelação religiosa”; “Magia de Umbanda: instruções religiosas”; “Manual prático de jogos de búzios”; “Maria Molambo: na sombra e na luz”; “Orixás, mitos e a religião na vida contemporânea”; “Pérolas espirituais”; “Revista Seleções de Umbanda”; “Tranca Ruas das Almas: do real ao sobrenatural”; “Umbanda, poder e magia: chave da doutrina”; e “Yemanjá, a rainha do mar”.

Aumpram

Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandhã; e Umbanda Esotérica.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Tomé (também chamado Babajiananda) através do seu médium, Roger Feraudy (1923 – 22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1986, com a publicação do livro “Umbanda, essa desconhecida”. Esta vertente é uma derivação da Aumbhandã, das quais foi se distanciando ao adotar os trabalhos de apometria e ao desenvolver a sua doutrina da origem da Umbanda: considera que esta religião surgiu a 700.000 anos em dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário. Nestes continentes, os terráqueos teriam vivido junto com seres extraterrestres, os quais teriam ensinado aqueles sobre o Aumpram, a verdadeira lei divina.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os livros escritos por Roger Feraudy; e as tendas e fraternidades criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica (Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yori e Yorimá) e mais Obaluaiê, o qual consideram o Orixá oculto da Umbanda.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos 7 Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso da imagem de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, cristais e incensos nos trabalhos, porém as guias e os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Umbanda, essa desconhecida”; “Erg, o décimo planeta”; “Baratzil: a terra das estrelas”; e “A terra das araras vermelhas: uma história na Atlântida”.

Ombhandhum

Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda Iniciática; Umbanda de Síntese; e Proto-Síntese Cósmica.
Origem: É a vertente fundamentada pelo médium Francisco Rivas Neto (1950 – ), mais conhecido como Arhapiagha, surgida em São Paulo, SP, em 1989, com a publicação do livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”. Esta vertente começou como uma derivação da Umbanda Esotérica, porém aos poucos foi se distanciando cada vez mais dela, conforme ia desenvolvendo sua doutrina conhecida como movimento de convergência, que busca um ponto de convergência entre as várias vertentes umbandistas. Nela existe uma grande influência oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito, e há a crença de que a Umbanda é originária de dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”; a Faculdade de Teologia Umbandista, fundada em 2003; o Conselho Nacional da Umbanda do Brasil, fundado em 2005; e as tendas e ordens criadas pelos discípulos de Rivas Neto.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica, associados, cada um deles, a mais um Orixá, de sexo oposto, formando um casal: Orixalá-Odudua, Ogum-Obá, Oxóssi-Ossaim, Xangô-Oyá, Yemanjá-Oxumaré, Yori-Oxum, Yorimá-Nanã. Por esta associação nota-se que alguns Orixás tiveram seu sexo modificado em relação a tradição africana (Odudua e Ossaim).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás principais do par: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras de Umbanda e a roupa preta, associada ao vermelho e branco, nas de Exu, sendo admitidos o uso de complementos por sobre a roupa dos médiuns, tais como cocares de caboclos. Nela encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, atabaques  e tábuas com ponto riscado nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa o seguinte livro como principal fonte doutrinária: “Umbanda: a proto-síntese cósmica”.

Umbanda Sagrada

Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, através do seu médium Rubens Saraceni (1951 – ), surgida em São Paulo, SP, em 1996, com a criação do Curso de Teologia de Umbanda. Sua doutrina procura ser totalmente independente das doutrinas africanistas, espíritas, católicas e esotéricas, pois considera que a Umbanda possui fundamentos próprios e independentes dessas tradições, embora reconheça a influências das mesmas na religião.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, fundado em 1999; o Instituto Cultural Colégio Tradição de Magia Divina, fundado em 2001; a Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, fundada em 2004; os livros escritos por Rubens Saraceni; o Jornal de Umbanda Sagrada editado por Alexandre Cumino; o programa radiofônico Magia da Vida; e os colégios e tendas criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente os adeptos podem realizar o culto aos santos católicos da maneira que melhor lhes convier e os Orixás são entendidos como manifestações de Deus que ocorreram sobre diferentes nomes em diferentes épocas, sendo reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de catorze Orixás agrupados como casais em sete tronos divinos: Oxalá e Logunan (Trono da Fé); Oxum e Oxumaré (Trono do Amor); Oxóssi e Obá (Trono do Conhecimento); Xangô e Iansã (Trono da Justiça); Ogum e Egunitá (Trono da Lei); Obaluaiê e Nanã (Trono da Evolução); e Iemanjá e Omulu (Trono da Geração). Os sete primeiros de cada par são chamados Orixás Universais, responsáveis pela sustentação das ações retas e harmônicas, e os outros sete, Orixás Cósmicos, responsáveis pela atuação corretiva sobre as ações desarmônicas e invertidas, sendo que alguns deles seriam considerados manifestações do mesmo Orixá nas tradições africanas (Obaluaiê/Omulu e Iansã/Egunitá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Povo(s) do Oriente, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, atabaques, imagens e pontos riscados nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa toda a bibliografia publicada por Rubens Saracen, tendo os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A evolução dos espíritos”; “A tradição comenta a evolução”; “As sete linhas de evolução”; “As sete linhas de Umbanda: a religião dos mistérios”; “Código de Umbanda”; “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada”; “Formulário de consagrações umbandistas: livro de fundamentos”; “Hash-Meir: o guardião dos sete portais de luz”; “Lendas da criação: a saga dos Orixás”; “O ancestral místico”; “O código da escrita mágica simbólica”; “O guardião da pedra de fogo: as esferas positivas e negativas”; “O guardião das sete portas”; “O guardião dos caminhos: a história do senhor Guardião Tranca-Ruas”; “Orixá Exu-Mirim”; “Orixá Exu: fundamentação do mistério Exu na Umbanda”; “Orixá Pombagira”; “Orixás: teogonia de Umbanda”; “Os arquétipos da Umbanda: as hierarquias espirituais dos Orixás”; “Os guardiões dos sete portais: Hash-Meir e o Guardião das Sete Portas”; “Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos”; e “Umbanda Sagrada: religião, ciência, magia e mistérios”.
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Abaixo segue a versão gráfica, simplificada, das vertentes acima descritas, de acordo com seu surgimento, bem como uma possível fonte de interrelacionamento entre elas. As vertentes foram, ainda, relacionadas à antiga nomenclatura usada para diferenciar os tipos de Umbanda, que são:
  • Umbanda Branca – agrupa as Umbandas que seguem uma doutrina mais próxima do espiritismo-catolicismo, utilizando inclusive os livros da doutrina espírita como fonte doutrinária, onde os médiuns se vestem apenas de branco e onde não há uso de atabaque, não há gira para Exus, Pombagiras, Malandros e quaisquer entidades quimbandeiras e não há uso de sacrifícios de animais;
  • Umbanda Branca Esotérica – caso particular das Umbandas Brancas, pois além de possuírem as características acima, também fazem uso de práticas consideradas de cunho esotérico-ocultista (cristais, numerologia, mantras, meditação, etc);
  • Umbanda Cruzada – contração da antiga expressão Umbanda cruzada com Quimbanda, agrupa as Umbandas onde, além das giras para as entidades da Umbanda, também ocorre gira para as entidades que originalmente faziam parte apenas da Quimbanda (Exus, Pombagiras, Malandros e outras entidades quimbandeiras), caso nos quais os médiuns eram autorizados a usar roupas escuras (especialmente a preta) para incorporar essas entidades e era normal fecharem o Gongá com uma cortina durante o trabalho deles, sendo possível encontrar nessas Umbandas a prática do sacrifício de animais para oferendar as entidades quimbandeiras;
  • Umbanda Traçada – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma contração da antiga expressão Umbanda Cruzada Traçada com Candomblé, pois agrupa as Umbandas Cruzadas que possuem doutrinas, ritos e práticas originários das tradições africanas, principalmente aquelas oriundas dos diversos Candomblés, sendo possível encontrar, dentro delas, a prática do sacrifício de animais para os Orixás;
  • Umbanda Esotérica – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma contração da antiga expressão Umbanda Cruzada Esotérica, pois agrupa as Umbandas Cruzadas que também fazem uso de práticas consideradas de cunho esotérico-ocultista (cristais, numerologia, mantras, meditação, etc).
Importante ressaltar que a posição das vertentes no gráfico não possui nenhuma relação com questões de hierarquia superior ou inferior entre elas: foi apenas para facilitar a visualização das informações ali contidas.
"Esta imagem pertence ao Blog Registros de Umbanda"