quarta-feira, 11 de março de 2015

Guias, Orixás, Amuletos cruzados. O que são?

Muito se ouve falar de linhas cruzadas em um trabalho e muitas dúvidas são criadas sobre este assunto, pois não é o tipo de informação que consta em livros ou mesmo é passada de forma oficial, sendo tratada de forma individual e esbarrando nas doutrinas estipuladas nesta ou naquela casa. Este conhecimento é quase que de tradição oral e seu entendimento pode variar de acordo com a situação em que a palavra foi aplicada.

Para entendermos o que é Cruzamento vamos nos ater ao sentido etimológico da palavra:

Cruzamento: s.m. Ato ou efeito de cruzar; interceptação. Ponto onde duas vias se cortam; encruzilhada. Acasalamento de animais de raças diferentes. ( http://www.dicio.com.br/cruzamento)

Veja que cruzar algo é fazer com que duas coisas aparentemente diferentes se encontrem em determinado momento, criando um elo comum.

Muito se ouve falar sobre Guias Cruzados, Entidades Cruzadas, Energias Cruzadas, Orixás Cruzados, Entregas Cruzadas, Amuletos Cruzados e uma série de outras denominações dentro de um trabalho espiritual, especialmente na Umbanda.

O primeiro ponto a se levantar é o seguinte: Sempre trabalhamos com um conjunto de energias, nunca com uma só, portanto podemos dizer que o tempo inteiro estamos cruzando estas forças a medida que o trabalho exige.

Se trabalhamos diversas energias, por que dizemos que estamos cruzados com esse ou aquele tipo?

Creio que podemos elencar três situações padrões para sentir a energia de forma diferente e então sentir tais cruzamentos, digo sentir, pois como já falei anteriormente nunca trabalhamos com somente uma energia, mas sim com várias que estão contidas no ambiente e atuam conforme a necessidade do que está sendo feito, são elas:



- Situação 1: Orixás Cruzados:

Temos na Natureza a fonte primordial das energias dos Orixás. Em um trabalho de Umbanda nos utilizamos de tais foças e as invocamos, seja através das oferendas, rezas, cânticos, elementos ou pelo próprio transe anímico despertado pelo Orixá de cada frequentador/trabalhador da casa.

Pela nossa força de vontade e devoção pedimos a presença desta ou daquela força neste ou naquele trabalho, mas como dito anteriormente, estamos imersos em TODAS as forças dos Orixás na Natureza. Ao abrir nossa percepção e concentração para trabalhar com aquele Orixá, naturalmente podemos sentir sua força e sua presença de forma ainda mais forte, no entanto isso não quer dizer que anulamos as outras forças. Deste modo, veja que podemos estar sob a energia primordial daquele Orixá, mas por força de trabalho absorvemos outras forças, que nos fazem transitar entre o Orixá cultuado naquele dia e outro que se faça presente por uma outra necessidade de forma mais ostensiva.

Para ilustrar podemos dizer que estamos em um trabalho para abertura de caminhos com Ogum, mas se faz necessário que para aquele momento também tenhamos despertos os nossos sentimentos mais profundos, mais amorosos, então também se faz presente a energia de Oxum e alguns Médiuns e Frequentadores sentem os dois Orixás e dizem que eles estavam CRUZADOS, ou seja, atuando em conjunto para um fim específico.

- Situação 2: Guias Cruzados:

Neste caso se faz ainda mais fácil a percepção. Para entender esta situação vamos falar rapidamente sobre o transe mediúnico.

Um Guia espiritual não "toma posse" do corpo do Médium, na realidade as energias entre os dois interagem, ligando-se através de pontos de força ou vórtices energéticos chamados de Chakras* . A percepção do Médium com o Guia se dá dentro de um Campo Energético, em um fenômeno denominado Acoplamento Auríco, ou seja, uma Consciência entra em contato com outra Consciência de forma mais ostensiva e, ao acessar o seu campo energético comum atuam na manipulação energética do trabalho proposto.




Deste modo podemos entender que durante um trabalho mediúnico, possivelmente vai existir mais do que uma consciência atuando, ou seja, mais de um Guia ajudará naquele trabalho realizado. Sendo assim, perceba que é possível um destes Guias agir em conjunto com o outro, enviando ao Médium mais informações e cargas energéticas para o trabalho. Isso pode causar no Médium a sensação de estar trabalhando com dois Guias incorporados ao mesmo tempo, o que pode ser verdade, pois ambos tem a capacidade de se ligar ao Médium e levar informações para que ele atue durante o trabalho.

Quando o fenômeno acima ocorre dizemos que o Médium está trabalhando Cruzado com um ou mais Guias. Um deles toma a frente, mas os outros ajudam no trabalho e podem ser percebidos, dependendo do caso.

Não há nada de errado nisso e devemos entender que cada linha de trabalho tem sua especificidade e se for necessário existir o acoplamento de mais Guias para que o trabalho tenha um melhor resultado, que assim seja.



- Situação 3: Guias e  Amuletos Cruzados

Aqui se faz um parentese para definir o que é CRUZAMENTO e o que CONSAGRAÇÃO.

Consagrar é dedicar a Deus, tornar algo divino, mudar algo profano para o sagrado. Deste modo podemos entender que Consagrar algo é fazer com que aquilo represente energeticamente a sua ligação com o Alto, ou seja, é um objeto utilizado para irradiar e representar para VOCÊ uma ligação com o que existe de mais sagrado naquilo que acredita. Sendo assim, entendo que a consagração só pode ser feita através da pessoa que quer dar esta finalidade ao objeto consagrado, caso contrário ela perde o sentido, uma vez que ela será ligada ao Divino por quem deseja ter seu item consagrado e o divino de cada um é pessoal.

Uma vez consagrado, este objeto deve permanecer guardado e escondido do mundo Profano, caso contrário seu tônus energético perde a função divina a ele dada e se faz necessária nova consagração, além de representar o Divino apenas para o detentor daquele objeto.

Cruzar um objeto (Guia ou Amuleto) é dar a ele uma função especifica além da que ele representa vibratoriamente. Cada objeto tem vibração específica na natureza, além de sua vibração é possível se aplicar um comando mental pra que se criem formas pensamento em torno dele de modo que ele exerça ou aumente a sua função destinada.

Podemos tirar por exemplo uma Pedra Preta como Onix. Esta pedra possui a vibração absorvedora de energias negativas. Uma vez que esta pedra é acrescida do comando mental ao ser cruzado por um Guia Espiritual, por exemplo, a torna ainda mais eficiente. Podemos dizer que a força do pensamento aplicado é um dínamo neste processo energético, mas se faz necessário que a pessoa entenda a função daquele objeto cruzado e reforce o comando a ele aplicado, coisa que muitos poucos o fazem.

Podemos entender CRUZAR algo é simplesmente somar forças para uma finalidade específica de forma temporária, aumentando a eficiência do trabalho realizado. Nada mais e nada menos do que isso.

Saravá!

Aloha!

Namastê!

Amém!





(Chacras ou xacras, também conhecidos pela grafia chakras segundo a filosofia iogue, centros energéticos dentro do corpo humano, que distribuem a energia (prana) através de canais (nadis) que nutre órgãos e sistemas)1 2

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Assentamento, Altar e Tronqueira. Para que servem?

Desde épocas remotas encontramos trabalhos espirituais na humanidade, ou seja, o trabalho espiritual, seja ele religioso ou não, é parte da cultura do homem e se propaga através dos tempos. Não importa qual linha se segue, qual Mestre se venera, quais divindades se apresentam, o fato é que sempre houveram  na história cultos espirituais que visavam este intercambio entre o sagrado e o profano.

Cada trabalho espiritual se assemelha ou faz parte de uma egrégora *, deste modo participa de um conjunto de energias que abastecem e permeiam aquele trabalho a ser executado. 

Todos os Templos (locais sagrados) possuem seus mistérios ao serem construídos. Tais mistérios fazem parte de uma simbologia que estão em acordo com a filosofia aplicada àquela doutrina, no entanto temos alguns pontos em comum entre cada um destes Templos e tais pontos não coincidem por acaso, mas sim por uma questão energética, e é neste ponto que eu quero me aprofundar um pouco mais.

A preparação de um Templo exige do seu Mestre, Guru, Dirigente, Chefe um certo conhecimento que servirá de base para aplicação da construção do mesmo. Esta é uma regra geral, não se restringe a esta ou aquela doutrina e faz todo sentido, afinal quem vai buscar o Templo se afeniza com os FUNDAMENTOS nele empregado. 

Percebam que me utilizei da palavra FUNDAMENTO, pois isso é de suma importância na criação deste Local Sagrado. Por qual motivo levantei esta questão? Simples, uma casa espiritual receberá espíritos, encarnados ou não, que carregam em si uma carga energética, tais cargas possuem os pensamentos, sentimentos e emoções de cada um que a procura e nem sempre eles são os mais benéficos.

Além da filosofia ou doutrina aplicada ao Templo, é necessário que se observe quais trabalhos serão desenvolvidos naquele local, ou seja, será um trabalho de atendimento, de cura, de desobsessão ou será apenas uma escola? Para tudo isso existe uma preparação específica que vai delimitar, naturalmente, quais os tipos de energias que serão trabalhadas naquele local e quais espíritos (encarnados e desencarnados) serão atraídos para lá.

Dito isso, podemos adentrar um pouco mais na fundamentação que é aplicada a uma casa espiritual e vou me basear um pouco mais na Umbanda, pois é a que demonstra isso de forma mais aberta e a qual tenho mais conhecimento a respeito, no entanto é fato que podemos estender isso, em outra linguagem obviamente, em outras linhas de trabalho e cada uma terá sua particularidade e fundamentação.

Uma casa espiritual possui  a energia de seus Trabalhadores, dos Guias, Mentores e Amparadores Espirituais, dos Assistidos / Frequentadores e de seus Alunos (no caso das escolas). Somados a isso temos a egrégora a qual aquela casa e trabalhadores estão ligados. 

Dito isso, devemos entender que um Templo é procurado, na maioria das vezes, para tratar as mazelas de alguma pessoa, para dar alento, força, despertar a fé e curar (fisicamente e emocionalmente) aqueles que o buscam. Deste modo devemos entender que as energias despejadas lá não são as mais positivas e construtivas e que a quantidade de pessoas que buscam esse local com problemas é muito maior do que a quantidade de trabalhadores que lá se doam com suas mais nobres intenções, embora mesmos estes são seres humanos e também oscilam na qualidade de seus trabalhos, já que se afetam emocionalmente no seu dia a dia. 

Por este motivo se faz necessário criar neste Templo elementos que vibrem de forma positiva, que captem as energias espirituais e que dispersem as energias deletérias deixadas no local e é esta a função dos Assentamentos, Altares e Tronqueiras, tão falados num Terreiro de Umbanda, mas que se aplicam também em outras casas religiosas.


- Assentamentos: entende-se por assentar alicerçar algo, acomodar algo, ou seja, assentamento é criar a base do Templo, seria como a fundação de um edifico, é em cima dele que se constrói todo o restante. Ele dará base para que tudo se desenrole. 

Do ponto de vista energético o assentamento dará ao Templo a ligação das energias Divinas Espirituais com a Terra, com o trabalho material. Ele vai prover, criar e espalhar todo o conteúdo energético necessário para que sejam desenvolvidas as atividades daquele local.

Nos assentamentos sempre temos algo Divino sob o ponto de vista daquela doutrina para criar o elo energético entre seu ponto de força Natural e aquela casa. Esses elementos são encontrados na natureza e representam uma parte energética da criação e que reflete o DNA energético daquela divindade. Pode ser ele uma pedra, água, ervas, terra, flores, plantas e assim por diante. 

Após a escolha dos elementos, que geralmente é determinado pelo Dirigente do trabalho em consonância com os Guias da casa, eles são consagrados e passam a incorporar energeticamente aquele Templo, irradiando ininterruptamente o tônus energético necessário para que as tarefas sejam desenvolvidas.

Podemos comparar os assentamentos às usinas de energia que temos no plano físico. Imaginemos que as energias que precisamos são as águas de um grande rio, mas  para gerar um grande volume de queda e girar as turbinas temos que concentra-las em uma barragem. Esta barragem seriam os elementos consagrados conseguidos na natureza e desta forma eles geram a energia necessária para aquele Templo funcionar.

Na Umbanda temos Assentamentos de Orixás (Divindades Africanas cultuadas nos rituais de Umbanda sob a influência dos Negros trazidos da Africa), e/ou dos Guias e linhas de trabalho que lá vão trabalhar. Isso geralmente é determinado pelo Dirigente (Espiritual) da casa.

São colhidos os elementos da Natureza, geralmente estão ligados aos 4 elementos: ar, fogo, terra e água, que são ativados pelos Chefes (encarnados e desencarnados) da casa através de rituais que imantam e dirigem estas energias para seus respectivos pontos de força.

Uma coisa muito importante para entendermos este conceito é que toda energia é moldada aos pensamentos, sentimentos e emoções dos que fazem parte daquele trabalho. Sendo assim, percebam que a INTENÇÃO proposta neste ritual tem forte influência no sucesso da ativação deste princípio, que é retroalimentado em todos os trabalhos espirituais realizados naquele Templo, sendo isso parte dos rituais realizados toda vez que a casa é aberta para trabalhar.

Muitos dirigentes dizem uma frase com a qual eu concordo: Só assentamos o que temos dentro de nós!

Essa é uma verdade absoluta, pois somos o dínamo do processo energético e é isso que vai delimitar a qualidade de todo o trabalho realizado. Não há como fugir desta regra. Deste modo podemo entender que o comando energético de todo trabalho realizado nos assentamentos e nos outros fundamentos é determinado pela força de vontade e qualidade energética que são depositados na realização destes trabalhos.

Outro ponto muito comum em Templos em geral é o Altar. Ao contrário dos Assentamentos, que são guardados em locais específicos sem acesso ao publico em geral, o Altar é algo que fica exposto a todos que frequentam o local e é facilmente identificado (propositadamente).




O que é Altar:  "sm (lat altar1 Espécie de mesa destinada aos sacrifícios e outras cerimônias religiosas, em qualquer religião..." (Michaellis).

Pela definição acima podemos entender o quão sagrado é o Altar para cada uma de suas religiões ou cultos. Na antiguidade os sacrifícios eram comuns à diversas religiões. Ofertava-se algo à divindade em busca de uma graça qualquer, para muitas religiões, quanto maior o sacrifício, maior a graça alcançada (veja que isso não é tão diferente hoje em dia). Daí podemos entender o sentido da barganha realizada entre o material e o sagrado em tantas religiões. Respeitando-se cada culto e suas especificidades, podemos entender  que o conceito de sacrifício se apresenta de uma forma diferente hoje em dia. Todo local sagrado busca despertar o que há de melhor dentro de cada um que o procura, porém não se alcança a mudança plena, o divino, o que há de mais Alto sem sacrificar o que há dentro de si mesmo. Por este motivo temos na cultura iniciática a morte do Profano e o Renascimento do Iniciado, ou seja, ele renegou a suas crenças mundanas para se dedicar a mudança proposta pelo sagrado. Toda mudança exige sacrifício, veja o quão difícil é sacrificarmos cada conceito dentro de nós mesmos e, no meu entendimento, este é o sacrifício real. 

Sob este ponto de vista podemos entender que o Altar é o elemento central da adoração nos Templos. É nele que se deposita ou se realiza o contato direto com a(s) divindade(s). É lá que se abre o coração para que entregue nas mãos do sagrado tudo aquilo que te aflige e que provoque a mudança que tanto se busca. 

A constituição do altar, via de regra, apresenta os Santos, Profetas, Guias, Divindades que são cultuados naquela doutrina/religião específica. Ele pode ser composto por imagens, formas, símbolos e elementos que tragam para a pessoa o que nela desperta o divino, da forma que ele é representado naquela doutrina. 

Do ponto de vista psicológico o Altar desarma a pessoa para que seus medos sejam compartilhados, mesmo que só em pensamento, através do contato com a divindade que ele pede ajuda. Pode desbloquear a pessoa, tira-la da defensiva e facilitar que perceba os caminhos que são impostos na vida de uma forma diferente. Pode tirar a pessoa da postura defensiva e leva-la a ser mais aberta e receptiva às palavras que lá serão ditas.

Energeticamente, o altar é um concentrador de energias, é nele que se acumula a energia dos encarnados que lá aparecem, junto da energia dos Assentamentos, da Egrégora do trabalho e dos Guias. É de lá que são emanadas as energias para todos que estão naquele Templo. As imagens contidas no Altar não possuem força ou vibração alguma se não forem devidamente alimentadas pela fé e devoção dos frequentadores daquele Templo, por outro lado elas se tornam um forte acumulador ao ter direcionado para si toda a fé, amor, esperança e alegria depositadas pelos seus adoradores e isso é de suma importância para o bom andamento dos trabalhos realizados. O Altar funciona como uma bateria para o Templo.

Em todos os Templos o Altar se encontra de fácil visualização, geralmente na parede central ou no ponto central e alto do local. Isso ocorre para que todos que adentrarem aquele local saibam que estão em um local sagrado. Os elementos contidos no Altar dizem qual linha, filosofia ou doutrina aquela casa atua, portanto podemos dizer que ele também gera uma identidade específica para aquele local e para o trabalho que é realizado.

A definição do Altar também é parte importante do Templo e sua montagem é determinada pelo Dirigente Espiritual do local, encarnado e desencarnado, portanto não existe uma regra básica e embora tenham elementos comuns alguns aspectos podem variar, mesmo que a religião seja a mesma.

Por fim falaremos agora do ponto que efetua o descarrego do Templo, a Tronqueira.



TRONQUEIRAS Esteios de madeira, ligados por arame (liso ou farpado), de construção simples e artesanal, utilizado em lugar das porteiras, que são mais caras, pesadas e necessitam de instalação mais preparada.
As tronqueira são utilizadas como contunuação da cerca, porém, nesta parte, os esteios não são fincados ao solo, permitindo sua abertura e fechamento sem necessidade de remendos. (http://www.dicionarioinformal.com.br/tronqueira/)
O nome de tronqueira é dado pela Umbanda à uma pequena casa ou área FECHADA destinada a captação e descarrego dos filhos que adentram o recinto. Sugere-se que TODOS que chegarem a uma casa de UMBANDA saúdem a TRONQUEIRA primeiro, pois ali já existe parte de um descarrego efetuado pela absorção natural de energia negativa que é função da tronqueira.

As Tronqueiras são colocadas na entrada do Templo, nela temos elementos consagrados e que são realimentados regularmente para que descarreguem os frequentadores e a casa sempre que necessário.

Podemos dizer que a Tronqueira cuida do Pólo negativo, ao passo que o Altar do Pólo positivo, ou que a primeira é absorvedora de energias, o segundo um emanador de energias.

Dentro da Tronqueira teremos elementos próprios para realizarem a função de absorvedor energético e o Orixá cultuado neste ponto de força é Exú, aquele que faz a guarda da casa. Não entrarei no mérito da função deste Orixá por ser um tema complexo e que merece um texto somente sobre ele, mas podemos dizer que este Orixá é o responsável pela limpeza energética primária de todos os frequentadores da casa, sua especialidade é a desconstrução do negativo, do que não faz bem, para abrir campo para o positivo e benéfico.

Percebemos que temos um pilar energético para construção de um templo e o intuito destes escritos é somente mostrar que eles podem ser percebidos na maior parte das casas e templos espalhados por aí. Me utilizei da fundamentação da Umbanda, mas é possível observar estes elementos em diversas outras linhas, muitas vezes de forma mais velada e escondida ou até com outro nome, o que não tem nada de errado.

Percebam também que mesmo dentro de uma mesma linha é possível que a montagem de cada um destes pontos de força seja feita de maneira diferente, pois cada casa desempenha um trabalho distinto e isso é necessário para a espiritualidade agir em diversas frentes, mas o princípio é o mesmo para todos (vide ilustração abaixo).

ASSENTAMENTO



TRONQUEIRA                                                 ALTAR


Este texto foi apenas para ilustrar a forma que eu vejo estes fundamentos dentro dos templos visitados. Também tenho plena consciência que nós, seres humanos, espíritos, à semelhança de Deus, temos totais condições de manipular e gerar energia suficiente para que estes pontos sejam atenuados ou inexistentes, porém na prática percebo que muito poucos o fazem ou tem a capacidade de fazê-lo e eu sou um deles.

Deste modo vamos seguir melhorando, mas também recorrendo a todas as ferramentas que tivermos disponíveis e trabalhar para que o conhecimento desmistifique o que é simples em sua essência.

Aloha!

Namastê!

Saravá!

Amém!

*Egrégora, ou egrégoro (do grego egrêgorein, «velar, vigiar»), é como se denomina a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas (mentais, emocionais) fruto da congregação de duas ou mais pessoas.1 O termo pode também ser descrito como sendo um campo de energias extrafísicas criadas no plano astral a partir da energia emitida por um grupo de pessoas através dos seus padrões vibracionais. (Wikipedia)
                                                         

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Relato Espiritual de um Descrente




Meu amigo, não direi meu nome, pois isso não me foi permitido. Neste momento apenas me pediram para te passar um puco da minha história.

Sou um espírito desencarnado há algum tempo, deixei a Terra como um dos que em nada acreditava. Minha opinião era de que tudo se reduziria a pó, que a existência não tinha grandes significados e assim vivi minha vida até o dia que a morte me pegou de vez.

Com esse tipo de consciência a úncia coisa que se passava pela minha cabeça era crescer materialmente, eu era egoísta, eu só fazia as coisas em benefício próprio e dos que a mim importavam, que eram poucos.

Sempre trabalhei duro e via ali minha terapia, vivia para isso. Com tanta obstinação eu alcancei muitos ganhos financeiros, comprei quase tudo o que o dinheiro poderia comprar, mas um vazio sempre me acometeu e eu nunca o entendia.

Ajudei algumas pessoas, mas muito mais para me livrar do problema do que necessariamente por vontade de fazê-lo. Bem, era o que eu achava certo.

Tive família, mas muito pouco fiquei com eles. Não vi meus filhos crescerem, não dei a atenção devia a minha esposa, tampouco aos meus pais. Vivi para ter e nunca para ser.

Certo dia, quando fui me deitar um ultimo suspiro eu dei. Não foi doloroso nem senti medo, até achei que era um sonho. Me levantei e vi meu corpo ali deitado, como se fosse uma grande carcaça, uma roupa que eu já não poderia vestir. Demorei um pouco para entender o que havia acontecido, foi quando percebei que  havia morrido. Eu gritava e ninguém me ouvia, eu tentava tocar os que me conheciam e eles não me sentiam, eu era um fantasma.

Fiquei vagando por aí, visitava minhas propriedades, tentava ver se tudo estava sob controle, mas nada do que eu fazia servia para que me percebessem.

Isso foi me dando desespero e de uma coisa eu já sabia, a vida não acabava na ultima batida de meu coração, na verdade ela continuava e a morte não era dolorosa, na verdade me pareceu algo natural, sem qualquer grande trauma, diria que uma situação até tranquila, por outro lado enfrentar a morte e a continuidade da vida era o que me dava medo, afinal eu nunca dei atenção para isso enquanto encarnado.

Quando comecei a perceber que não adiantava mais ficar angustiado por tudo que eu havia deixado, que o que eu conquistei em vida já não pertencia a mim foi que eu comecei a tomar consciência de uma outra realidade. Não sei o tempo que isso demorou.

A forma como eu enxergava a vida era tão presa aos valores materiais que eu sequer pensava em procurar outros iguais a mim para entender minha situação, na verdade eu não percebia nada além daquilo que eu queria perceber.

Um dado momento o desespero, o arrependimento, o cansaço pela situação me acometeu e eu literalmente me entreguei, eu só queria entender o que fazer dali em diante. Me deitei no chão e só pensava em chorar, em refletir, sem saber o que fazer.

Neste momento foi como uma grande força, um imã tivesse me acometido e eu fui levado para uma grande sala branca, nesta sala eu apenas via algumas outras pessoas iguais a mim (pela primeira vez) e elas ficavam atrás de outras pessoas do mundo dos vivos e uma a uma entravam em uma redoma de energia e ao sair sumiam como um grande raio para cima, era uma luz que parecia carregar cada um deles para cima.

Neste momento eu supliquei para que existisse de fato um Deus, uma divindade, alguém que pudesse me ajudar. Eu, descrente de tudo naquele momento, senti uma forte necessidade de buscar uma divindade, afinal eu não sabia o que acontecia a todas aquelas pessoas. Grande ironia!

Alguns momentos depois chegara minha vez, eu fiquei dentro desta redoma de luz e o Vivo que estava a minha frente começou a repetir tudo que eu pensava, era uma espécie de comunicação. Foi quando percebi que do outro lado outra pessoa poderia me ouvir, e essa pessoa me explicava o processo que eu estava passando.

Aos poucos aquilo foi me aliviando, me acalmando, me dando forças e em um determinado momento eu olhei pro lado e vi duas luzes, dois seres de luz. Eles olharam pra mim de uma forma que não consigo descrever, mas seus olhos brilhavam de tal sorte que só ao fitarem os olhos em mim era como se eu tomasse um banho e lavassem a minha alma. Foi quando eu entendi que era hora de partir. Estes dois seres de luz me pegaram pelos braços de forma muito respeitosa, me olharam novamente e em sinal de positivo me levaram para um outro local, um outro plano.

Cai em um sono profundo e percebi que estava em uma cama. Ao acordar chegou uma moça com um rapaz junto. O rapaz tinha em suas vestes três tridentes cruzados e eu pude perceber que ele não era como eu, ele ainda vivia na Terra, entre os vivos.

O rapaz olhou pra mim, sorriu e me disse:

- Amigo, a vida nunca acaba. Veja que neste momento eu estou na Terra, mas nem por isso eu deixo de voltar a este mundo que pertenço. Somos todos espíritos, ou apenas seres vivos e eternos, não importa se você acreditava nisso ou não, mas agora aproveite toda a sua ajuda e leve essa mensagem para frente. O mundo carece de informação, de alegra e de amor. Seja o melhor que você pode ser!

Neste momento a moça me olhou, e me colocou para dormir novamente.

Nunca mais vi o rapaz que me ajudou, mas sou eternamente grato pela ajuda que ele e seu grupo prestaram a mim e a tantos outros que estavam por aí como eu.

Amigos, acreditem ou não, a vida é eterna e passar para o lado de cá só trará claramente aquilo que você é, sem mais nem menos. Ao invés de temer a morte, preparem-se para ela sendo o melhor que possam ser.

Um abraço fraterno de um amigo espiritual!




OBS: Estava arrumando meu altar e entrando no clima da musica comecei a perceber pensamentos que não eram meus. Via algumas cenas e senti que precisava relatar algo. Ai está o texto e espero que sirva a todos!


Aloha!

Namastê!

Amém!

Saravá!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Coragem




Meu filho, não se atenha a rótulos, tampouco se apegue a fazer as coisas sempre da mesma forma. Todas as suas potencialidades são iminentes e basta que você as reconheça e as exercite para que possa atingir novos rumos em sua vida.

Não seja só mais um na caminhada, mas seja o UM que você quer ser para atuar de forma diferente em sua vida, e assim, contaminar a vida de outros.

Todos somos potencialidades divinas, mas nossas crenças nos limitam a fazermos somente o que a sociedade preconiza. Se quiser ser diferente tem que sentir, pensar e agir diferente, pois  ninguém muda algo que é feito sempre da mesma forma.

Erre sim, pois errar é aprendizado, no entanto mude os rumos quando o erro o incomodar. Não tenha vergonha de errar, tampouco deixe de compartilhar os seus erros, pois eles servem para você e quem mais quiser aprender com eles.

Aliás, não existe erro, pois tudo é da vontade de Deus. O erro é acerto de caminho para a evolução, o acerto também, portanto percebam que o fim será o mesmo, apenas pode chegar antes ou depois, dependendo da escolha de cada um. Sim, as escolhas ainda são nossas, portanto ai está uma chave para mudar: Seja diferente no que escolher.

Escute seu coração, sinta cada momento com plenitude, não coloque divagações naquilo que está fazendo, pois é isso que torna o processo complexo. Procure agir com o seu melhor naquele instante e seja neste mesmo instante tudo aquilo que pode ser, sem mais nem menos, mas seja integro... completo!

Ora filho, é preciso coragem para fazer isso, é preciso coragem para ser diferente, mas o caminho é recompensador. Aqueles que conquistam grandes coisas tiveram a coragem de mudar e enfrentar a mudança dentro de si.  Não como obrigação, mas como conscientes que vão se tornando de cada processo da vida.

Sim, a vida parece dura, mas só o é porque vocês acreditam nela assim. Ainda se apegam a dor para transpor as provas da vida, ainda vivem em função de um medo que foi incutido em vossas mentes e vibrações, muitas vezes sem sequer entender o porque dele. Ora, liberte-se. Você não tem que ser o que sempre foi. A escolha sempre será sua.

Tenham fé, não fé religiosa, mas sim aquela que te dá força e coragem para agir, sabendo que sempre estará amparado por uma força maior, que não é vista, mas é sentida em todos aqueles que acreditam na vida além desta que vocês experimentam agora.

Sejam bravos e corajosos. Esta é a mensagem deste singelo amigo espiritual.

Saravá amigos!

Okê Oxóssi!

Caboclo Rompe Mato!


terça-feira, 10 de junho de 2014

Prece para dar força e coragem!




Pai, senhor de amor, alegria e bondade!

Derrame sobre nossas cabeças a luz do discernimento, da clareza dos pensamentos e da conexão espiritual.

Inflame nossas gargantas com a força da palavra benfeitora, da risada que contagia e da palavra de amor.

Encha nossos peitos com amor, alegria, equilibro e benevolência.

Que o Sol do nosso baixo ventre nos dê força e coragem para agir de forma clara e plena em todos os momentos que necessitarmos.

Pai, firme nossos pés nessa Terra linda que nos acolhe e nos dê força e clareza para caminhar com firmeza nas vicissitudes da vida terrena.

Senhor do Céu e da Terra, derrame suas bençãos em nossos corações, nos dê força, fé e coragem para todos os duros momentos que vamos precisar, mas nos dê também a alegria e o amor para que possamos propagar todas as suas qualidades.

Que assim seja!

Intuído por Pai Benedito de Aruanda

OBS: Estava lendo alguns textos sobre toda a bagunça que assola o país e como estamos imersos a um turbilhão emocional e energético que vamos passando, foi quando senti a presença do Pai Benedito me jogando essas palavras a mente. Que sirva aos seu propósitos!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Mudança de ares, BRASIL!




Hoje estou escrevendo, pois tive uma forte intuição há alguns dias atrás e, naquele momento, me era dada a oportunidade de somente observar.

O que venho relatar é uma percepção, não só minha, mas de algumas outras pessoas que também atuam na seara espiritual, buscando a luz e o amor como resultado.

Muito se fala sobre o Brasil ser a Pátria do Evangelho, ou ser o país que vai abarcar todas as culturas e povos do mundo. Na realidade não duvido disso, no entanto é importante observarmos que grandes mudanças são necessárias para que a coletividade que aqui habita tenha condições de viver de forma digna e assim abraçar aqueles que aqui quiserem ficar.

Entendo que nosso mundo tem um plano diretriz, ou pelo menos grandes mestres e guias que aparecem vez ou outra para trazer uma mensagem de amor e evolução para as grandes massas. Se olharmos na história veremos isso ocorrendo no Egito antigo, Grécia, Índia e assim por diante. Hoje, sem sombras de dúvidas, muitos daqueles que encarnaram nessas terras e cumpriram suas missões estão atuando no nosso Brasil. Digamos que esta egrégora agora atua aqui de forma mais contundente, o que não quer dizer que outros povos não passem por grandes experiências espirituais e tenham seus lideres.

Posto isso meu sentimento é de que o país como um todo está passando por um grande ciclo de mudanças. Vemos um povo inquieto, pessoas que já não aguentam mais determinadas situações e, graças aos grandes acontecimentos mundiais que aqui acontecerão, não existe mais a possibilidade de se acobertar a realidade de um país que foi deixado de lado por seus lideres e por seu povo por tantos e tantos anos.

Por este motivo um ciclo parece ter se iniciado e toda grande mudança exige bagunça. É como se tivéssemos que tirar nossas roupas do armário para arruma-lo. A princípio uma grande bagunça, depois guardamos de forma ordenada tudo que nos serve e descartamos o que não terá mais valia.

Com isso é como se a Aura Grupo do país estivesse sofrendo uma mutação. Alguns processos estão em se acelerando e isso reflete na coletividade e na individualidade, já que a primeira é resultado da segunda. Perceba que tudo aquilo que nos incomoda como cidadãos é reflexo da postura que tomamos em nossas decisões. A forma como pensamos, a cultura que absorvemos sem questionar, a forma como olhamos o mundo é reflexo de como somos "criados" neste belo país que vivemos. 

Pois bem, é chegado o tempo de deixar a acomodação de lado. Somos um povo feliz, acolhedor, somos fruto de uma grande miscigenação, aceitamos o outro com maior facilidade do que outros povos. Respeitamos as crenças de forma diferente. Convivemos com milhares de credos diferentes, e mesmo com as diferenças é possível grandes amigos se sentarem para tomar cerveja com pontos de vista absolutamente diferentes.

Por outro lado acostumamos a ser mal tratados, tudo achamos que podemos dar um jeito e confiamos que nossos pensamentos e atitudes são somente mais um no meio de um monte. Pois bem, é chegada a hora de mudar. De olhar as coisas com outros olhos. De mostrar que queremos um lugar mais justo e melhor para se viver. Os olhos do mundo agora estão aqui!

Diante disso devemos observar e agir nesta direção. Uma carga muito grande de energia está voltada para cá. Alguns para se divertir, outros para criticar, mas no fim das contas tudo aquilo que era sabido pelo povo simplesmente virá à tona. Esse movimento está para isso.

Sob o ponto de visto individual, certamente sairemos da zona de conforto. Seremos "levados" a vivenciar determinadas situações para que possamos incutir esta mudança dentro de nós. Alguns mais, outros menos. Percebam que as energias que forma o país resultam dos Pensamentos e Sentimentos daqueles que lá habitam e a mudança não se dá daqui para lá, ou seja, do físico para o espiritual, mas sim o contrário. Desta forma as coisas estão se movimentando neste sentido e conflitos (entendam conflitos como sacudir a poeira e não briga) serão naturais. Imaginem um vento brando empurrando uma grande massa pesada, pois bem, haverão raios e trovões, mas ao final o céu azul vai brilhar e o sol vai energizar todos aqueles que ali estiveram neste período de grandes mudanças.

Aos trabalhadores espirituais, fiquem atentos, pois vocês estarão suscetíveis a cargas energéticas maiores, portanto procurem se centrar em vocês, em perceber aquilo que não parece ser seu e encaminhe tudo aquilo que lhe incomoda. É hora de Orar e Vigiar.

Que Olorum, Tupã, Zambi....Deus nos guie neste momento de mudança e que a esperança de um Brasil mais acolhedor e igual se realize da melhor forma possível.

Sejamos todos mensageiros da luz e vamos dar pelo exemplo aquilo que queremos para nosso futuro como um todo. Lembrem-se de que a individualidade forma a coletividade e que pensamentos e sentimentos moldam a energia.

Saravá, Aloha, Namastê, Amém!!!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Somos um só à caminho da criação!




A questão não é de onde viemos, mas sim quem somos e porque estamos todos juntos. Até certo ponto vocês tendem a achar que tudo está separado, que a ligação é meramente eventual e que os acontecimentos são somente ocasionais.

Ora, isso ocorre porque muitas vezes vocês estão simplesmente renegando o momento e vivendo em algum tempo que não é o aqui e agora, o presente, que é um presente para quem o vive.

Olhem dento de si mesmos, busquem essa luz que os ligam com a grande criação. Vivam a cada respiração, sintam o cheiro, o sabor, a brisa de cada momento em que estão, pois este é o único momento que vocês tem para exercer os dons que receberam do Criador.

Cada criação é única, cada pedaço é a manifestação mais pura dela, e dentro de cada consciência individual jaz um ser coletivo, uma centelha, uma luz que nutre e move a todos, quase que de maneira inconsciente, mas que se torna cada vez mais clara quando nos propomos a buscar aquilo que de mais sagrado nós temos: a força do amor.

O outro não tem nada de outro, na realidade ele é parte de você, ele também vive e faz parte da grande criação, portanto não o exclua simplesmente por ser diferente, ou por não concordar com a forma como ele pensa e age. Mergulhe dentro dele, coloque sua percepção sob o ponto de vista dele, se ligue a ele no mais profundo elo que pode criar. Olhe profundamente nos olhos do outro e veja que ele também é seu irmão. Seja fraterno!

Ao mergulhar no universo alheio consegue-se entender o quão completo e profundo é o universo em que vivemos, porém para se alcançar tal sentimento é necessário se desfazer das amarras e crendices que não nos trazem nada, exceto preconceitos e visões deturpadas de uma individualidade que não existe como vocês a concebem neste momento.

A melhor forma de perceber a realidade do outro é se colocando em pensamento e sentimento na realidade dele, comungue de tal realidade, perceba cada aspecto dela, nutra-se desta experiência da forma mais intensa e profunda que possa haver, pois neste momento você vai colher uma jóia preciosa para toda uma experiencia e com isso poderá sentir a vida em seus mais diferentes aspectos.

Somos parte de um mesmo universo, somos parte de um mesmo planeta, somos parte de um mesmo país, somos parte de uma mesma criação. Não há essa distinção, pois tudo está interligado. Nem o melhor e nem o pior dos seres são diferentes, apenas possuem entendimentos diferentes acerca das atitudes que tomam, mas isso se dá por nunca terem emergido na realidade do outro, por nunca terem se colocado no papel do outro, por nunca terem comungado dos sentimentos e pensamentos do outro de forma plena, criando um bloqueio que os afastam, mas que por razões da vida irão junta-los, trazendo então a felicidade e a plenitude a cada um, de acordo com a experiência necessária.

Vivenciem a dualidade, pois ela faz parte deste planeta e da forma como vocês interpretam a vida, mas entendam que esta dualidade nada mais é do que duas formas distintas de enxergar a unicidade, a criação, o total, a natureza criadora, pois os acontecimentos e crenças nas experiências dualísticas vos trazem para o caminho da unicidade, já que este é o fim para todos os seres da criação.

Somos todos um, o que nos difere são os caminhos para entender isso. Sigam cada um o seu, mas não se fechem somente nele. Se posso lhes dar um conselho é justamente este. Passem a vida a quebrar seus paradigmas, a enfrentar os seus medos e a expor suas virtudes. A vida é uma grande troca, portanto troquem este amor, esta alegria, esta luz que vive dentro de cada um, e nunca esqueçam de olhar. Olhar fundo nos olhos, olhar fundo na alma e trazer para dentro de si todo o sentimento de amor, carinho e alegria que inflam os corações de cada um nesta grande caminhada. Enxergue o que de melhor cada um tem e o que a vida te dá!

Somos todos um! Somos um só no caminho da criação!

Sigam em paz e com alegria!

Ariel!


OBS: Estava assistindo o vídeo deste post e me senti impelido a escrever. Uma energia sutil me tomou e este pequeno texto saiu de uma grande amiga espiritual, que sei estar sempre perto, mas nem sempre consigo sentir.